A população do Paraná enfrenta mais um roubo descarado com o leilão dos lotes 4 e 5 das rodovias estaduais, marcado para outubro, que prevê a instalação de 14 novas praças de pedágio em 1.058 quilômetros de estradas. Com investimentos estimados em R$29,8 bilhões, as concessionárias, que vencerão pela oferta de menor tarifa-base, lucrarão bilhões às custas dos trabalhadores, que pagarão tarifas abusivas para se deslocar. As rodovias, que conectam cidades como Maringá, Londrina e Cascavel, são essenciais para o povo, mas a privatização transforma o direito ao transporte em um privilégio para quem pode pagar.
Os lotes incluem obras como duplicações, vias marginais e passarelas, mas o verdadeiro objetivo é garantir lucros às empresas privadas. O lote 4, com R$10,9 bilhões, abrange rodovias como a BR-369 e a PR-323, enquanto o lote 5, com R$6,5 bilhões, inclui trechos da BR-163. A experiência dos lotes anteriores, como o 1 e o 2, mostra que as tarifas só aumentam, enquanto a qualidade das rodovias permanece questionável.
A privatização das rodovias é um ataque direto ao povo trabalhador, que já sofre com o custo de vida elevado. Os pedágios enriquecem a burguesia enquanto limitam a mobilidade dos mais pobres, que dependem das estradas para trabalho e sobrevivência.
A luta contra essa exploração exige a mobilização popular para abolir os pedágios e nacionalizar as rodovias sob controle dos trabalhadores. A classe trabalhadora deve organizar-se em comitês de luta para enfrentar as concessionárias e o governo, que agem como capatazes do capital, e exigir transporte público e gratuito para todos.




