Rio de Janeiro

Paes usa ONGs para difundir ideologia identitária em escolas

Sob pretexto de promover uma suposta equidade racial, a iniciativa busca implementar nas escolas públicas a propaganda woke, mascarada como 'antirracista'

Na última terça-feira (20) e sábado (24), as escolas municipais São Tomás de Aquino, no Leme, e Pedro Ernesto, na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, receberam o Programa de Educação Antirracista, promovido pela ONG Parceiros da Educação Rio, em parceria com a prefeitura de Eduardo Paes. Sob o pretexto de promover uma suposta equidade racial, a iniciativa busca implementar nas escolas públicas a propaganda woke, mascarada como “antirracista”, com atividades como oficinas de danças indígenas, jongo, samba e capoeira, além de rodas de conversa e visitas a locais como o Cais do Valongo e a Aldeia Maracanã.

Supostamente, o programa visa capacitar 50 professores de 20 escolas. Integrado ao programa Lá Vem História, o projeto inclui a doação de acervos com obras de notórias identitárias como Djamila Ribeiro e Bell Hooks para formar bibliotecas ditas antirracistas. Segundo a coordenadora do projeto, Lêda Fonseca, a iniciativa responde à Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira, e à Lei 11.645/2008, que inclui a cultura dos índios no currículo.

Fonseca destacou que a formação “eurocêntrica” dos professores exige um maior repertório sobre as culturas africana e indígena. O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha (PSD), afirmou que o programa “promove reflexão sobre diversidade e inclusão, formando uma geração mais consciente”.

As atividades incluíram apresentações culturais, como a da artista Ana Bispo, que abordou o legado de compositores negros como Gilberto Gil e Cartola, e uma mesa de debate com Joana Oscar, da Gerência de Relações Étnico-Raciais da Secretaria Municipal de Educação, Maíra Santos, da escola afro-brasileira Maria Felipe, e a socióloga Thaiana Rodrigues. A ONG Parceiros da Educação Rio foi fundada em 2009 e é financiada por ONGs como Fundação Roberto Marinho (Globo), Fundação Lemann, Itaú Social e outros bancos como BGT Pactual e Credit Suisse.

Embora respaldado por leis, o programa serve como instrumento de difusão de uma ideologia identitária que usa demagogicamente a luta do povo negro, promovendo interesses de setores pequeno-burgueses que buscam capital político. A ausência de um debate melhor sobre as condições materiais da população negra e dos índios, reforça o caráter demagógico da iniciativa, desviando o foco de problemas estruturais para discursos simbólicos que pouco alteram a realidade dos povos oprimidos.

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