A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu mais de 120 pessoas logo nas primeiras horas desta quinta-feira, 13 de março de 2025, na chamada Operação Espoliador, uma ação que mobilizou cerca de 700 agentes para capturar supostos foragidos da Justiça em todo o estado. A ofensiva, vendida como combate a crimes como roubo de cargas, veículos, assaltos a pedestres, casas, bancos e lojas, além de latrocínio e receptação, revela mais uma vez o caráter da polícia: uma ferramenta de terror da burguesia contra os trabalhadores e o povo negro, sem garantia de que os detidos sejam de fato culpados.
Os alvos, chamados de “suspeitos” pela própria Polícia Civil, são apontados com base em mandados judiciais e investigações que ligam os crimes a grupos criminosos, alguns associados ao narcotráfico. Mas a falta de clareza sobre a real condição de fugitivos desses presos escancara o arbítrio: estão prendendo quem querem, como querem, sob o pretexto de “segurança”. A operação, que se estende pelo Rio, é um ataque direto às comunidades pobres, onde o controle policial é sinônimo de violência e exploração, não de justiça.
Essas ações reforçam que a polícia – seja civil ou militar – serve à classe dominante para esmagar o povo. Os roubos citados, de cargas a residências, são sintomas da miséria imposta pelo capitalismo, mas a resposta é sempre a mesma: repressão brutal contra os explorados, sobretudo negros, que lotam as prisões e os cemitérios. Contra isso, é urgente uma campanha pelo fim de todas as polícias, máquinas de opressão que só protegem os ricos e massacram os pobres.