O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ONU restabeleceu as sanções que haviam sido suspensas no âmbito do acordo nuclear de 2015, em uma medida desencadeada por França, Reino Unido e Alemanha, que, sem fundamento, mentiram sobre o programa nuclear iraniano.
As proibições serão restauradas neste domingo (28). Elas voltarão a congelar os ativos iranianos no exterior, impedir acordos de armas com a República Islâmica e atingir o programa de mísseis defensivos do país.
A medida veio quase dois dias depois de os Estados Unidos e seus aliados previsivelmente vetarem um projeto de resolução apresentado por China e Rússia, que buscava adiar o chamado mecanismo de “retorno automático” do acordo, que reinstaura as sanções.
Os países que vetaram a resolução, juntamente com outros alinhados aos Estados Unidos, tomaram essa decisão como mais um passo em sua tentativa de acusar a República Islâmica de “desviar” seu programa de energia nuclear pacífico.
Liderando essa campanha há décadas, o imperialismo tem ignorado sistematicamente a incapacidade da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de apresentar qualquer prova que sustente tais acusações, apesar de o programa nuclear iraniano ter sido submetido às inspeções mais intrusivas da história.
Os EUA, por sua vez, deixaram o acordo nuclear em 2018, de forma ilegal e unilateral, e já haviam tentado, sem sucesso, em 2010, acionar o “retorno automático” em outra iniciativa igualmente ilícita.
O trio europeu, então, descumpriu a promessa de reintegrar os Estados Unidos ao acordo, além de suspender seu comércio com a República Islâmica sob pressão norte-americana.
No sábado (27), o chanceler Abbas Araghchi escreveu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterando que tais tentativas são “juridicamente e processualmente falhas, e, portanto, nulas e sem efeito”.
O ministro advertiu que o Irã não cederá à coerção, afirmando que a história já provou isso e voltará a provar. Ele lembrou ainda que os Estados ocidentais já haviam perdido qualquer direito de restaurar as sanções devido ao seu flagrante descumprimento do acordo nuclear.





