Nesta segunda-feira (13), a agência de notícias britânica Reuters publicou a seguinte matéria: Maioria dos brasileiros se opõe a exploração de petróleo perto da costa amazônica, mostra pesquisa. As informações que dão base a esta matéria são de uma pesquisa encomendada pela ONG britânica Eko.
A Organização Não Governamental britânica comprou uma página na Folha de S. Paulo e contratou uma pesquisa Datafolha com o objetivo claro de pressionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não conceder a licença para a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
No site da ONG, há informações de outras parcerias e ONGs no link “Nosso financiamento”:
“A Ekō também é parceira de diversas fundações e ONGs, incluindo a Tides Foundation, Open Society Foundations, Packard Foundation, Sunrise Project, Park Foundation, Luminate, Reset, Mighty Earth, Hull Family Foundation, One Project, Tara Foundation.”
Trata-se de uma óbvia tentativa de interferência externa em uma decisão estratégica de Estado, especialmente diante do interesse de grandes potências no potencial petrolífero da região. Outro ponto a ser considerado é que a pesquisa aparece justamente às vésperas da COP-30.
De acordo com o Brasil 247, os recursos da região já vêm sendo explorados por petroleiras internacionais na Guiana e no Suriname, sem qualquer oposição de ONGs internacionais. Segundo analistas do setor, a Margem Equatorial é considerada uma das últimas fronteiras exploratórias do planeta, com potencial para colocar o Brasil em um novo patamar na questão do petróleo.
A pesquisa financiada pela Eko mostra que 61% dos entrevistados se opõem à extração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, área próxima à foz do Rio Amazonas. A oposição foi maior entre os brasileiros de 16 a 24 anos, com 73% contra o projeto. A pesquisa destacou um apoio mais amplo à proteção ambiental, com 77% concordando com a meta de Lula de acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Além disso, 60% dos entrevistados relataram impactos negativos das mudanças climáticas, enquanto 81% disseram que o governo deveria fazer mais para proteger as comunidades marginalizadas.
Sem sombra de dúvidas, essa pesquisa encomendada por uma ONG britânica com financiamento direto de outras ONGs imperialistas não passa de uma tentativa do imperialismo de pressionar o governo Lula a não explorar o petróleo na região, deixando, assim, aqueles minerais para exploração de empresas estrangeiras que já atuam no local e que em nenhum momento são citadas pela Eko em seu artigo.
A Margem Equatorial é vista pelo governo brasileiro como o “novo pré-sal” e, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a abertura de novas fronteiras exploratórias é estratégica para garantir recursos que financiem a transição energética e sustentem o crescimento econômico do país. Nesse sentido, essa pesquisa nada mais é que um ataque à soberania nacional.





