Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente do STF Luís Roberto Barroso, dirigiu um verdadeiro ataque aos trabalhadores brasileiros, afirmando, entre outros absurdos, que o excesso de proteção da lei, na verdade, os desprotege.
O ministro defendeu a terceirização e disse que hoje o trabalhador “celetista”, “metalúrgico”, “que cumpre oito horas regularmente”, já não é mais a realidade do mercado, frente ao aumento de empreendedores individuais e entregadores por aplicativos.
Ele atacou o que chama de “epidemia de litigiosidade”, causada por excesso de processos contra o Estado em causas previdenciárias, de saúde e trabalhistas, ou seja, aquelas que afetam a vida imediata da população. Em acordo com essa opinião, o STF tem proferido decisões tão desfavoráveis aos trabalhadores que os patrões passaram a recorrer a esta corte nas ações trabalhistas, ao invés de irem ao tribunal do trabalho, em um claro abuso das atribuições do judiciário.
O que Barroso faz é defender a famigerada reforma trabalhista de Michel Temer, que jogou na lata do lixo boa parte da CLT e nos deixou um legado nefasto: a permissão da jornada 12×36, inconstitucional, exaustiva e amplamente aplicada nas áreas de segurança e saúde; a prevalência das negociações sobre a legislação, deixando os trabalhadores desprotegidos; as terceirizações das atividades fim, que rebaixam os salários e as condições de trabalho; a imposição de valor limite para multas trabalhistas e restrições aos trabalhadores no tribunal do trabalho. E os empregos prometidos não vieram!
Em nome do imperialismo, os ministros do STF tocam o verdadeiro golpe à frente, e querem mais para que o trabalhador morra de fome para deixar os capitalistas mais ricos. A classe operária não pode cair na ladainha desses “democratas”.





