Hoje me despedi para sempre da minha pessoa favorita. Doce, inteligente, divertida, justa… e tantas outras qualidades que pareceria exagero descrever. Nesses cinco meses ao seu lado, na saga da internação, tudo aquilo que eu já admirava em você se confirmou e se revelou ainda maior.
Tive o privilégio de conviver tão de perto com alguém tão querida, tão generosa, tão altruísta tão absolutamente íntegra e verdadeira. Doeu demais ver você sentir tanta dor, passar noites sem dormir e dias sem conseguir comer. Foi horrível e teria sido insuportável se não fosse a força que você nos transmitia, mesmo frágil, para continuar lutando junto com você.
Até nos momentos mais difíceis, você não abaixou a guarda. Lutou até o último suspiro. Nós lutamos por você e você não lutou por si: lutou pelos filhos, pelo Partido, por nós.
As homenagens não vão acabar, assim como não acabará a batalha que travaremos para denunciar a série de absurdos que cometeram contra você — os mesmos absurdos que cometem com os trabalhadores, aqueles por quem você dedicou toda a sua vida a defender.
Também precisamos cuidar das duas preciosidades que você nos deixou, Aurora e Ernesto, tão adoráveis quanto a mãe. Vamos cuidar deles com o mesmo amor e carinho com que você cuidou, até quando pôde.
Nat, eu te amo. Não existirá um único dia da minha vida em que eu não me lembrarei de você. O seu amor será a minha força. Obrigada por tudo.





