Muitos estudiosos definem o “Prelúdio à Tarde de um Fauno”, de Claude Debussy, como o início da música moderna. Embora já houvesse algumas peças precursoras do modernismo (tais como o Concerto para Cravo, de De Falla), é com esse prelúdio que a música moderna crava sua bandeira na História. Com o “Prelúdio”, não havia mais dúvidas de que uma nova forma de música havia chegado.
O “Prelúdio à Tarde de um Fauno” foi escrito para balé, e apresenta um breve acontecimento na vida de um fauno (figura mitológica grega e romana, um semi-deus animal encarregado de cuidar das florestas). A história se passa enquanto um fauno toca sua flauta numa pedra durante a tarde. Um grupo de ninfas chega para se banhar num lago e uma delas chama a atenção do fauno. Depois de dançarem juntos, o fauno encontra um xale deixado por ela. Sobe em sua pedra, e sonha em possuí-la. É só isso. Esse breve acontecimento é descrito por uma música muito fluida, com a flauta do fauno em evidência. E o balé inteiro é dançado com os dançarinos de perfil para o público, lembrando pinturas egípcias. A estética do balé é tão marcante e inovadora que cada posição dos dançarinos daria para compor uma pintura.
No vídeo abaixo, você pode ver a magistral interpretação de Nijinsky, um dos maiores bailarinos da história.
https://www.youtube.com/watch?v=GNiJlgH65zM
