Editorial

O juros, os banqueiros e o destino de Lula

Governo do PT ainda não percebeu que ao não combater a ditadura dos banqueiros abre rapidamente o caminho para a vitória do bolsonarismo

Na primeira oportunidade de ajustar a taxa de juros do Brasil, o novo presidente do Banco Central indicado por Lula, Gabriel Galipolo, aumentou-o em um ponto percentual, levando o juro básico no Brasil a impressionantes 13,25%. O impacto negativo sobre a economia será gigantesco. Apenas em relação aos juros da dívida pública, o saque no orçamento nacional será superior a 80 bilhões de reais. Ou seja, essa deve ser a medida mais danosa ao país de todo o governo, e foi tomada por um homem indicado por Lula.

A explicação para tamanho absurdo é que os banqueiros impuseram um de seus aliados no Banco Central por meio de sua pressão sobre o governo. Essa é a realidade: o problema do governo, portanto, é a falta de luta contra esses banqueiros e a ausência de mobilização. Além disso, o PT constrói uma justificativa ideológica para sua capitulação aos banqueiros, o que torna a situação política ainda mais confusa. Galipolo, um lacaio dos banqueiros e inimigo da economia brasileira, é apresentado como aliado de Lula.

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, publicou nas redes sociais: “Neste momento, sabemos que não resta muita alternativa ao novo presidente do BC, Gabriel Galipolo. Restam desafios para reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição que dirige”, disse. Isso é uma farsa. Há muito que se pode fazer para lutar contra essa política econômica. O problema é que Lula e o PT não querem fazer isso. O dano ao governo é gigantesco. Enquanto Lula não comprar a briga com os banqueiros, a economia irá de mal a pior, e quem cresce com isso é o bolsonarismo.

No fim, a luta contra os banqueiros é a luta contra o bolsonarismo e contra toda a direita. O sucesso da política econômica de Lula é o mais importante para garantir a vitória de seu governo e uma derrota do bolsonarismo. Se a situação econômica dos trabalhadores estivesse em constante melhora, seria muito difícil sustentar uma campanha contra o governo. Mas com Haddad no Ministério da Fazenda, Simone Tebet no Planejamento e Galipolo no Banco Central, o governo Lula está ativamente se chocando com os trabalhadores.

Enquanto o PT não perceber que é preciso confrontar diretamente os banqueiros, ele caminhará para uma grande derrota diante da extrema direita brasileira.

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