O recente acordo anunciado entre a Resistência Palestina e o regime sionista representa uma nova vitória do povo palestino — e, em particular, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — independentemente de seu cumprimento integral.
Se o acordo for realmente implementado, trata-se de uma vitória colossal da resistência. Mas mesmo que não seja cumprido, o simples fato de existir já é, por si só, uma vitória parcial, pois demonstra que o sionismo não tem condições de levar adiante o plano genocida que anunciou ao mundo: exterminar todo o povo palestino.
Se o regime sionista tivesse a menor possibilidade real de realizar esse objetivo, não aceitaria negociar absolutamente nada. O fato de recorrer a um acordo mostra fraqueza, mostra que as forças da resistência permanecem firmes e inabaláveis.
Se houver acordo, o Hamas continuará existindo. Nenhum documento, nenhum tratado, nenhuma manobra diplomática poderá remover o partido revolucionário do cenário político e militar da Palestina. A única maneira de tirar o Hamas do poder seria através da violência, da destruição física total — algo que, após dois anos de massacre, o sionismo já demonstrou não ser capaz de fazer.
Mesmo que o acordo se resuma a uma troca de prisioneiros ou cesse-fogo temporário, o Hamas seguirá lutando. A resistência palestina não busca acordos porque esteja em dificuldade ou derrotada; busca porque deseja, na medida do possível, minimizar o sofrimento imposto pela ocupação, ainda que todo o sofrimento seja de única responsabilidade do sionismo. E isso, sem dúvida, é um gesto de coragem e de humanidade — qualidades que o inimigo genocida jamais demonstrou possuir.
Portanto, qualquer desfecho desse processo — total ou parcial, duradouro ou temporário — confirma uma verdade essencial: o sionismo não pode vencer a resistência palestina. “Israel” podem lançar bombas, destruir casas, assassinar mulheres e crianças, mas não consegue eliminar o espírito de luta de um povo que há décadas enfrenta o opressor com dignidade.
O acordo, em última instância, é o reconhecimento prático dessa força. É a confissão do inimigo de que não conseguiu — e jamais conseguirá — derrotar o Hamas nem exterminar o povo palestino.




