Em reunião do Conselho de Segurança da ONU, neste começo de ano, o embaixador da Palestina, Riyad Mansour, citou mensagens de médicos assassinados pelas forças genocidas de “Israel” que destruíram todos os hospitais da Faixa de Gaza e exterminaram centenas de trabalhadores da saúde, dentre os mais de 50 mil civis executados em 15 meses, 70% deles mulheres e crianças.
Ele destacou, por exemplo, a mensagem escrita em uma lousa por Mahmoud Abu Nujaila, médico vítima de um ataque aéreo israelense ao Hospital Al-Awda:
“Aquele que ficar até o final, vai contar a história. Fizemos o que pudemos. Lembre-se de nós. Lembre-se de nós”.
Mansour destacou essas e outras mensagens, entre prantos, batendo na mesa, e lamentando a falta de reação internacional, a verdadeira inutilidade da ONU e do seu Conselho de Segurança diante do genocídio promovido pelo regime de supremacia racial sionista, com apoio do imperialismo.
“Nada pode explicar que, por 15 meses, palestinos em Gaza tiveram de viver o inferno e abandonados a seu destino”
“Temos o dever de salvar vidas. Este Conselho tem a obrigação de salvar vidas”
Bradou, inutilmente, o embaixador.
Presente na reunião, Rik Peeperkorn, representante da OMS na Palestina, apresentou um dado que confirma que as atrocidades contra a população civil promovidas pelo regime nazista de “Israel” são v’rias vezes superiores ao que foi realizado pelo nazismo contra povos de diversos países. Segundo ele, 7% da população foi morta ou ferida desde outubro de 2023 e mais de 25% dos mais de 105 mil civis feridos estão com as vidas comprometidas.
O embaixador palestino suplicou:
“Os médicos e a equipe médica palestinos levaram essa missão a sério, mesmo com o risco de suas vidas. Eles não abandonaram as vítimas. Não as abandonem. Acabem com a impunidade israelense. Acabem com o genocídio”
Inútil. A ONU, além de “abençoar” ataques reacionários dos países imperialistas contra povos indefesos, nunca serviu para conter – de fato – qualquer agressão do imperialismo e dos seus comparsas, contra os povos oprimidos. Que o diga os quase 80 anos de massacres contra o povo palestino promovidos por “Israel”, dentre tantos outros crimes cometidos pelos invasores da Palestina contra seu povo e contra os países vizinhos.
Além de denunciar esta cumplicidade criminosa da ONU, Riyad Mansour, para não ficar apenas em lamentações, precisaria se opor também à política de colaboração do governo que representa, a Autoridade Palestina, que vem não só capitulando – como faz há décadas – diante do regime sionista, como colaborando com os sionistas na repressão da combativa e heroica Resistência Palestina.
Mais do que chorar, é preciso apoiar e impulsionar a luta dos que se levantam contra a odiosa dominação nazista de “Israel” e como os médicos, “ser pedras” e se, preciso “morrer de pé”, e não se ajoelhar diante do sionismo como faz o governo da AP, traindo seu próprio povo.