A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados realizou, no último dia 16, uma audiência pública para debater o superendividamento dos servidores públicos.
O evento foi solicitado pelos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Duarte Jr. (PSB-MA), que declarou: “O superendividamento de servidores públicos representa um problema social”. Foram convidados representantes de centrais sindicais, federações e associações dos trabalhadores, bem como a Federação dos Bancos.
Em debate, a formação das taxas de juros, o funcionamento do spread bancário, os impactos sociais e econômicos do superendividamento e se é preciso alterar as leis de proteção ao consumidor.
Não foram publicados levantamentos oficiais, mas é sabido que entre o funcionalismo público o número de endividados é muito grande, principalmente no crédito consignado, cartão de crédito e empréstimos pessoais, inclusive uma parte recorrendo a agiotas. Essa mesma situação também ocorre com os aposentados do INSS.
Mas não são só esses. Pesquisas publicadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontaram que 76,1% das famílias brasileiras estavam endividadas em janeiro de 2025 e que esse número cresceu ainda mais, chegando a 78,5% das famílias no último mês de agosto.
Segundo o Serasa, no último mês de julho, 77 milhões de pessoas estavam com o “nome sujo”. Além disso, 8 milhões de empresas estavam registradas no cadastro de inadimplentes, sendo esse número o maior de toda a história.
Todos esses números comprovam que o povo brasileiro passa por uma situação de enormes dificuldades, sendo a vida real muito diferente da propaganda oficial, que busca mostrar um mundo de ilusões, onde a vida estaria melhorando.





