A empresa 99 anunciou o início da operação de transporte por moto na cidade de São Paulo, inicialmente disponível apenas para o centro expandido. A iniciativa gerou uma reação imediata do prefeito bolsonarista Ricardo Nunes (MDB), que declarou que acionará a Justiça para suspender o serviço, citando um decreto municipal que proíbe o funcionamento de moto táxi e similares na cidade.
É mais um ataque aos trabalhadores, proibe soluções para o problema de transporte enquanto a própria prefeitura não toma medidas para melhorar o transporte.
O prefeito Nunes afirmou que já havia se reunido com a empresa para explicar a proibição e enfatizou que a cidade não terá serviços que coloquem a segurança das pessoas em risco. Nunes também anunciou que fará uma fiscalização rigorosa nas motos cadastradas para esse tipo de transporte.
A 99 argumenta que o decreto municipal é inconstitucional, pois a legislação federal permite o serviço de transporte privado de passageiros por meio de aplicativos em todo o Brasil. A empresa citou decisões judiciais favoráveis e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) para sustentar a legalidade do serviço. Além disso, a 99 destacou que a demanda por esse tipo de transporte na cidade é alta, com muitos paulistanos aguardando a oferta do serviço.
A política de Nunes é típica da direita neoliberal. O serviço de moto é procurado pois o sistema de transporte público é caro e ineficiente e também porque o desemprego é altíssimo na cidade. A justificativa da saúde é absurda, se Nunes se importasse com a saúde não destruiria o sistema de saúde público.
No fim o prefeito bolsonarista está a serviço dos grandes empresários do transporte que não querem perder lucros para a 99, que se tornará uma concorrente por meio das motos. A política correta é estatizar completamente o transporte e resolver esse problema por meio de investimentos do Estado.
