A situação da educação na cidade de São Paulo é de calamidade. O Ideb, principal termômetro da educação brasileira, registrou piora de desempenho da rede municipal de São Paulo nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano). O indicador caiu de 5,7, em 2021, para 5,6 no ano passado. Em 2019, antes da pandemia, a média era 6.
Com esse resultado, São Paulo ficou abaixo da média nacional das escolas públicas —que foi de 5,7— e atrás de capitais como Rio Branco (AC), Teresina (PI), Palmas (TO) e Boa Vista (RR)!
Diante dessa destruição a prefeitura bolsonarista de Nunes (MDB) prepara um novo ataque aos jovens. Os planos de privatizar escolas já estão sendo anunciados há alguns meses.
Agora, o secretário de educação Padula disse que vai entregar os compromissos assumidos pelo prefeito: “levar a gestão privada para as escolas mais vulneráveis do município”. Ou seja, onde a educação foi mais destruida o ataque será ainda maior.
Padula não informou um prazo para apresentar a proposta de “parceria público privada” para as escolas. Disse apenas que os contratos não serão firmados neste ano, já que a prefeitura ainda está fazendo um estudo jurídico sobre o tema.
A privatização é o ataque tradicional da direita neoliberal contra o povo. A privatização de 50 escolas, caso se concretize, abrirá caminho para uma privatização geral do ensino público no Brasil. Só a mobilização dos estudantes e professores pode barrar a investida de Nunes.