Coluna

Nova prisão de Bolsonaro é mais uma arbitrariedade judicial

Confundir desejo com análise política não é método promissor

No último sábado, dia 22/11/2025, o imperador Alexandre de Moraes decretou mais uma prisão de Bolsonaro. As notícias que circulavam no início do dia diziam que o motivo da prisão era Flávio Bolsonaro ter feito um vídeo no dia anterior convocando uma vigília na frente da casa do pai – configurando o novo crime xandônico de prisão por postagem do filho.

Em seguida, foram surgindo novas notícias de que o real motivo da prisão de Bolsonaro era que ele havia tentado violar a tornozeleira eletrônica com um equipamento de solda. Segundo relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal, a tornozeleira de Bolsonaro gerou um alerta às 00h07 do sábado indicando violação do dispositivo. Policiais que faziam vigilância da casa de Bolsonaro foram então imediatamente ver o que aconteceu. Os policiais verificaram que o equipamento estava danificado, substituíram-no, e voltaram a fazer normalmente a vigilância da casa.

Esse acontecimento foi suficiente para Xandão I decretar a prisão de Bolsonaro alegando “risco concreto e iminente de fuga”. Segundo o imperador do país, Bolsonaro queria aproveitar a vigília convocada pelo filho para romper a tornozeleira eletrônica e fugir do país.

Vale perguntar: qual o risco de fuga de alguém que está com a polícia na frente da sua casa 24 horas por dia há meses? Se Xande não confia na polícia e pensa que ela pode ser cooptada por Bolsonaro, por que mandou ela ficar plantada na frente da casa dele o tempo inteiro? Não faz sentido.

O que os analistas políticos de sofá não querem admitir, é que essa nova prisão de Bolsonaro é mais uma arbitrariedade judicial, empilhando a já farta coleção de arbitrariedades dessa trama que engloba absurdos como não dar acesso ao réu à integralidade do processo, coação explícita de delatores como Mauro Cid, e até mesmo proibição de uso de redes sociais.

Em vez de fazerem uma investigação séria sobre as suspeitas compras de remédios durante a pandemia e a privatização da Eletrobras pela gestão Bolsonaro, preferem apoiar essas arbitrariedades, sustentando a ilusão de que o bolsonarismo será derrotado através de medidas judiciais.

Mais uma vez, vale a pena dizer que a implantação de tais arbitrariedades vai prejudicar todo o povo brasileiro. Se Bolsonaro está sendo alvo dessas ilegalidades tendo sido presidente da república e com uma equipe de advogados caríssima, que possibilidade de defesa sobrará para alguém sem dinheiro ou influência política?

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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