Universidade Marxista

No Dia de Luta do Povo Negro, estude história do Brasil com o PCO

Plataforma de cursos vai iniciar segunda parte do Módulo 3 do curso "Brasil: 500 anos de história"

A Universidade Marxista, plataforma de formação impulsionada pelo Partido da Causa Operária (PCO), anunciou o reinício da segunda parte do Módulo 3 de seu curso Brasil: 500 Anos de História. A nova etapa, sob a condução do presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, terá um significado especial ao ser iniciada em 20 de novembro, Dia de Luta do Povo Negro, reafirmando o compromisso do curso com a luta histórica do povo negro brasileiro.

Lançado em 2022, ano do bicentenário da Independência, Brasil: 500 Anos de História propõe-se a uma tarefa inédita no debate acadêmico e político nacional: analisar a trajetória do País desde a colonização sob a ótica do materialismo histórico, a ótica do marxismo. Após percorrer o Módulo 1, dedicado aos “3 Primeiros Séculos”, e o Módulo 2, focado em “O Império Tropical”, o curso ingressou no estudo da fundação da República brasileira, iniciando um período crucial para a compreensão das estruturas políticas e sociais atuais.

A primeira parte do Módulo 3, ministrada nos dias 6 e 7 de setembro, foi dedicada a contestar os principais mitos que, ao longo de mais de um século, se cristalizaram em torno da Proclamação da República e que hoje servem ao propósito de desmoralizar a história nacional. Rui Costa Pimenta iniciou sua análise explicando que a distorção histórica da pátria tem raízes antigas, sendo, ironicamente, iniciada pelos próprios republicanos. Estes, buscando engrandecer sua luta contra a monarquia, criaram uma historiografia partidária. Um exemplo disso foi a exploração de figuras como Tiradentes e a própria República de Palmares, utilizadas para forjar a ideia de que o ideal republicano seria um elemento atemporal, onipresente na história nacional.

No cenário contemporâneo, a disputa prossegue, com os chamados grupos identitários voltando-se contra a tradição republicana com novas falsificações. Entre as mais disseminadas estão a tese de que a Proclamação teria sido um evento aleatório, motivado por questões meramente pessoais do Marechal Deodoro da Fonseca, e a afirmação de que o núcleo dirigente do golpe de 1889 seria intrinsecamente reacionário.

Rui Costa Pimenta, no entanto, demonstrou que a Proclamação da República foi, na verdade, um ato revolucionário, e, como toda revolução, era um evento inevitável, que ocorreria de qualquer maneira, independente da vontade ou dos caprichos dos personagens históricos envolvidos. O dirigente do PCO ressaltou que, embora Deodoro da Fonseca não pertencesse à ala mais radical das forças armadas, sua adesão ao movimento foi crucial e se deu em um momento em que as Forças Armadas em sua totalidade já estavam a favor do fim da monarquia. O movimento, portanto, possuía uma base social e militar consolidada, garantindo que a proclamação se impusesse.

Pimenta também destacou que a decisão de exilar Dom Pedro II imediatamente após a Proclamação não se deveu ao medo do restauracionismo monárquico, mas sim ao receio real de que o imperador fosse assassinado em um levante popular mais amplo contra a monarquia. O mentor real do movimento que destronou o imperador, segundo Pimenta, foi Benjamin Constant, figura frequentemente esquecida pela historiografia oficial. A projeção de Deodoro da Fonseca como líder se deu justamente pelo seu caráter mais conservador, o que favoreceu a unidade e a coesão das diferentes alas dentro das Forças Armadas para consolidar a mudança de regime.

O curso Brasil: 500 Anos de História é, portanto, uma ferramenta indispensável para todos aqueles que buscam uma análise profunda, crítica e desmistificada da nossa formação histórica, indo além da propaganda oficial e das manipulações ideológicas. É a oportunidade de estudar a história sob uma perspectiva materialista, ligando o passado ao presente e fornecendo o instrumental teórico para a intervenção política.

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