A prisão de um estudante no Espírito Santo, acusado de ameaçar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), revelou um padrão de perseguição a opositores do parlamentar, por meio de investigações, exposições nas redes sociais e até demissões.
O caso mais recente envolveu Adalto Gaigher Junior, um estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), preso em flagrante pela Polícia Federal. A prisão ocorreu após o deputado expor nas redes sociais as ameaças de morte que, segundo ele, recebia do jovem desde 2023. Gaigher foi levado para uma delegacia em São Mateus, no norte do estado, mas foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), comprometendo-se a comparecer perante a Justiça. A Polícia Federal, no entanto, abriu um inquérito para apurar a possível participação de terceiros no crime.
O caso de Gaigher não é isolado. A Polícia Legislativa Federal, vinculada à Câmara dos Deputados, investiga outras duas pessoas por ameaças contra o parlamentar. Entre os investigados está um policial militar reformado do Ceará, que, segundo Nikolas, teria feito uma postagem comemorando o assassinato de um ativista americano e insinuando que o deputado brasileiro seria o próximo.
Além das investigações, o deputado tem usado suas redes sociais para expor e pedir a demissão de pessoas que fazem críticas ou “comemoram” eventos trágicos. Um dos casos que ganhou destaque foi o de um funcionário que, após ter sua identidade e local de trabalho expostos por Nikolas, foi demitido.
Tanto a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) quanto a Polícia Federal emitiram notas repudiando a “violência” e afirmando que as devidas investigações estão em andamento.
O deputado federal, eleito com o apoio do bolsonarismo, surfa na histeria policialesca promovida pela esquerda pequeno-burguesa, que vem defendendo a censura das redes sociais e a prisão arbitrária de adversários.





