Palestina

Netaniahu se reúne com Trump para defender genocídio em Gaza

O presidente dos EUA ignora que o Hamas derrotou 'Israel' e defende a expulsão de todos os palestinos de Gaza para a Jordânia e o Egito

Nesta terça-feira (4), o primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu, visitou os EUA para se encontrar com o presidente Donald Trump. Foi a primeira visita de um chefe de Estado no novo governo norte-americano. Netaniahu, tem um objetivo claro: conseguir retirar o máximo do governo Trump, que já se mostrou um aliado pior que Joe Biden, o democrata que mantinha um fluxo quase infinito de armas e recursos para o Estado sionista.

Diante da visita Trump fez vários comentários sobre a Palestina. Ele segue defendendo a política de genocídio na Faixa de Gaza: “acho que, se tiverem a oportunidade, gostariam de [se mudar]. Se tivessem uma alternativa… eles não têm alternativa agora. Quero dizer, você viu a imagem disso, você já esteve lá? Quero dizer, é terrível lá. Quem pode viver assim?

Ele também disse: “que é Gaza? Praticamente não há um prédio de pé… O lugar inteiro está destruído. Não é um lugar onde as pessoas querem viver”. E manteve a sua posição “continuamos pressionando essa ideia de que a Jordânia e o Egito aceitem palestinos de Gaza. Sim, eu gostaria de ver a Jordânia, gostaria de ver o Egito aceitar alguns [palestinos]”. Essa é a segunda vez que o presidente norte-americano declara isso, Jordânia e Egito já afirmaram que não irão aceitar milhões de refugiados.

Trump evitou responder a uma pergunta de um jornalista sobre se apoiaria a anexação da Cisjordânia por “Israel”. Invés disso afirmou: “não vou falar sobre isso. Certamente é um país pequeno, é um país pequeno em termos de território”. Segurando uma caneta de sua mesa, ele continuou: “vê esta caneta? Esta caneta maravilhosa na minha mesa é o Oriente Médio, e o topo da caneta — isso é Israel”. Ele então acrescentou: “isso não é bom, certo? Sabe, é uma diferença bem grande. Uso isso como uma analogia — na verdade, é bastante preciso”.

A analogia de Trump, no entanto, segue a política do sionismo. “Israel” seria um país pequeno demais, ou seja, poderia expandir seu território. A política de Trump atual parece ser apoiar politicamente os planos de expansão de “Israel”, o plano de limpeza étnica, mas não apoiar tanto com o mais importante, bilhões de dólares todos os anos.

Netaniahu por sua vez afirmou que “Israel” manterá todos os objetivos de guerra, o que significa derrotar o Hamas, algo que se demonstrou impossível. Em suas palavras: “apoio a libertação de todos os reféns e o cumprimento de todos os nossos objetivos de guerra. Isso inclui destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas e garantir que Gaza nunca represente uma ameaça para Israel”.

Voltando-se para Netaniahu, que estava sentado ao seu lado, Trump afirmou: “E ele também quer paz. Estamos lidando com um grupo de pessoas e uma situação muito complexa, mas temos o homem certo. Temos o líder certo para Israel. Ele fez um ótimo trabalho, e somos amigos há muito tempo”. Mais uma vez o mesmo fenômeno, apoio político com menos apoio financeiro.

Uma manifestação foi convocada em Washington contra a presença de Netaniahu. O premiê israelense teve um pequeno atraso em sua chegada à Casa Branca. A jornalista da Al Jazeera relata: “parte da razão para esse possível atraso pode ser que há uma manifestação considerável, embora não muito grande, ocorrendo”. Ela seguiu: “foi estabelecido um perímetro de segurança que normalmente não está ao redor da Casa Branca, então há segurança adicional. E logo fora desse perímetro, há uma pequena manifestação acontecendo neste momento”.

O Hamas responde à declaração nazista

Pouco após as declarações do presidente norte-americano, o Hamas se pronunciou em um comunicado oficial. Eles afirmaram que “o povo palestino, que permaneceu firme diante dos mais horrendos atos de genocídio da história moderna — perpetrados pelo exército da ocupação sionista fascista — e resistiu corajosamente aos crimes de deslocamento forçado, especialmente no norte de Gaza, rejeita categoricamente qualquer plano para deslocá-los ou expulsá-los de sua terra”.

E então chamam o governo dos EUA a “abandonar tais propostas, que se alinham aos planos de ‘Israel’ e entram em conflito com os direitos e a vontade livre do nosso povo. Em vez disso, instamos os EUA a apoiar o direito do povo palestino à liberdade, ao estabelecimento de seu Estado independente com Al-Quds [Jerusalém] como capital, e a pressionar a ocupação criminosa para acelerar a reconstrução do que foi destruído durante sua brutal guerra contra Gaza, restaurando a vida normal na Faixa”.

E ainda convocam o Egito e Jordânia, os dois países que estão sendo pressionados por Trump, bem como as nações árabes e islâmicas em geral a “reafirmarem suas posições firmes contra o deslocamento e a realocação forçada. Pedimos que forneçam todas as formas de apoio ao nosso povo, fortalecendo sua resistência e firmeza em sua terra, e que tomem todas as medidas necessárias para remover os efeitos da agressão fascista que Gaza tem suportado”.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.