O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, revelou publicamente, pela primeira vez, novos detalhes sobre a explosão de bipes (“pager”, em inglês) — ataque no Líbano que teve como alvo o secretário-geral do Hesbolá, Saied Hassan Nasseralá —, além de outros acontecimentos na região.
Em uma nova entrevista televisiva citada pelo jornal israelense Maariv, Netaniahu disse:
“Havíamos marcado uma data para a guerra no norte, então descobri que o Hesbolá havia enviado dois bipes para o Irã para inspeção.”
Ele acrescentou:
“Perguntei: Quando isso aconteceu? Disseram-me que havia uma semana. Eu disse: O quê? Imediatamente reuni os chefes do aparato de segurança e decidimos lançar a operação dos bipes.”
Netaniahu também falou sobre o assassinato de Saied Nasseralá, afirmando:
“Estávamos em uma reunião de gabinete e não havia consenso. Eu disse que pensaria sobre isso.”
Ele continuou, alegando:
“Viajei para reunião da Organização das Nações Unidas para fazer meu discurso e, no avião, por uma linha segura, decidi: Vamos fazer isso.”
Netaniahu acrescentou:
“Se tivéssemos contado aos norte-americanos que iríamos atacar Nasseralá, a informação teria vazado em cinco minutos.”
Ao falar sobre a guerra com o Irã, Netaniahu afirmou que o confronto “ainda não acabou”, revelando que conversou com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quinta-feira (16).
“Estamos prontos para fazer o que for necessário, se for preciso”, declarou, insinuando possíveis futuras agressões.
Ao discutir seu futuro político, Netaniahu confirmou sua intenção de concorrer nas próximas eleições:
“Acredito que terei sucesso.”
O porta-voz da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), general de brigada Ali Mohammad Naeini, alertou no final de setembro que os inimigos do Irã não deveriam repetir seus erros, enfatizando que qualquer nova agressão enfrentaria uma resposta “mais ampla, mais destrutiva e mais decisiva”.
Durante a Semana da Defesa Sagrada — comemoração anual da Guerra Irã-Iraque (1980–1988) —, Naeini confirmou que o IRGC havia atingido e destruído 26 locais estratégicos durante a “Guerra dos 12 Dias”.
“Nós os destruímos completamente”, declarou, destacando a escala da resposta militar iraniana.
Durante a Operação Promessa Cumprida 3, o Irã lançou centenas de mísseis em 21 ondas de ataques contra alvos militares, de inteligência e de infraestrutura estratégicos israelenses em toda a Palestina ocupada.





