O primeiro-ministro da ditadura sionista, Benjamin Netaniahu, acusou o chefe do Shin Bet (o serviço de segurança interna e contraterrorismo de “Israel”, oficialmente chamado de Serviço Geral de Segurança) Ronen Bar, de conduzir uma campanha de “chantagem e ameaças” para influenciar suas decisões sobre a liderança do serviço de inteligência.
Em mensagem publicada na quarta-feira (13) na rede X, Netaniahu afirmou que “Israel” havia ultrapassado um “grave limite” e alegou ter sido alvo de ameaças diretas de um ex-chefe da organização secreta, sem mencionar nomes. O premiê declarou que essa “campanha de chantagem” foi conduzida pelo atual chefe do Shin Bet e que visava impedir mudanças necessárias na agência após o “fracasso devastador” nos eventos de 7 de outubro.
Em entrevista ao Canal 12 israelense, o ex-chefe do Shin Bet Nadav Argaman afirmou que manteria em sigilo suas interações com Netaniahu, mas advertiu: “se eu concluir que o primeiro-ministro decidiu agir ilegalmente, não terei escolha a não ser revelar tudo o que sei.”
O Shin Bet respondeu às acusações de Netaniahu chamando-as de “graves acusações contra o chefe de uma organização nacional” e declarou que Ronen Bar “dedica todo seu tempo a questões de segurança, ao retorno de prisioneiros e à proteção da democracia.”
Netaniahu tem resistido a abrir uma investigação sobre os acontecimentos de 7 de outubro, apesar da pressão de opositores, familiares de reféns e observadores internacionais. Uma reunião do gabinete realizada em fevereiro, por determinação da Suprema Corte, terminou sem avanços, intensificando acusações de que o premiê busca impedir apurações sobre falhas de seu governo.
A falta de investigações gerou protestos de familiares de reféns, organizações jurídicas e ativistas. Paralelamente, a ofensiva contra Gaza continua e o Hamas advertiu que a ditadura sionista “pagará um preço alto” caso não cumpra o acordo de cessar-fogo.