O imperialismo norte-americano está intensificando sua velha política de golpe de Estado, agora sob o pretexto de “narcoterrorismo”, para justificar novas ofensivas contra os povos da América Latina. A história se repete: os poderosos dão novos nomes para os mesmos métodos que buscam esmagar qualquer oposição à sua dominação.
Desde o início do seu segundo mandato, Donald Trump vem adotando uma postura abertamente hostil contra os povos da América Central e do Sul. O governo dos Estados Unidos declarou Nicolás Maduro chefe de um “cartel de drogas” e rotulou o “Cartel dos Sóis” como “organização terrorista”.
Essa política não é novidade para os povos da região. É a continuidade da velha prática de fabricar inimigos para justificar intervenções violentas. O chamado Cartel dos Sóis é um fantasma usado para esconder a complexidade do narcotráfico transnacional, ao mesmo tempo em que rotula Maduro como inimigo público.
A nomeação do Cartel como “Organização Terrorista Estrangeira” permite ao imperialismo ampliar sanções, congelar bens e agir militarmente no exterior, alegando “emergência hemisférica”. Cinco décadas depois da Operação Condor, o imperialismo continua sua ofensiva contra a liberdade dos povos latino-americanos, revelando todo um histórico de golpismo:
- No Irã, em 1953, depuseram Mohammad Mossadegh por tentar controlar os recursos petrolíferos do país.
- Em 1954, derrubaram Jacobo Árbenz na Guatemala, acusando-o falsamente de “comunista”, por realizar a reforma agrária.
- Em 1964, João Goulart foi deposto no Brasil sob o mesmo falso rótulo de “ameaça comunista”.
- Em 1965, a invasão da República Dominicana e a mobilização naval esmagaram o governo de Juan Bosch.
- Em 1973, com apoio da CIA, deu-se o golpe contra Salvador Allende, que instaurou um regime fascista no Chile.
Em 2003, usaram a mentira das “armas de destruição em massa” como pretexto para invadir o Iraque, lançando a chamada ‘’Guerra ao Terror “.
A ofensiva não atinge só a Venezuela. O imperialismo quer redesenhar o mapa político da América Latina, interferindo em eleições-chave como as da Colômbia e do Brasil em 2026, buscando governos capachos e assim desestabilizar a região.





