Palestina

Muro de Ferro: batalha pela libertação da Cisjordânia continua

Derrotada em Gaza, a ditadura sionista utiliza os mesmos expediente criminosos para massacrar Jenin e tentar sufocar a revolução palestina

Após a histórica vitória obtida em Gaza e liderada pelo Hamas, a luta revolucionária empreendida pela Resistência Palestina contra a invasão sionista de “Israel” transformou a cidade de Jenin, na Cisjordânia, no novo centro das batalhas. Na última quinta-feira (23), os combates intensos se desenvolveram no campo de refugiados da cidade, com o governo criminoso de “Israel” anunciando o término da primeira fase de sua chamada operação “Muro de Ferro”, responsável por um cerco contra o campo de refugiados e um verdadeiro estado de terror sobre a população local.

Segundo fontes da própria imprensa israelense, a segunda fase já está em curso e incluirá o assassinato de militantes, bem como a destruição de edifícios e infraestrutura, aprofundando a tragédia humanitária na região. A agressão não se limitou aos combates diretos. Apenas no dia 23, o exército sionista queimou cinco casas em Jenin, no bairro de Al-Ghabr, após forçar os moradores a evacuar sob a mira de armas e decretar toque de recolher.

Veículos foram perseguidos e várias pessoas, inclusive mulheres e crianças, foram presas em postos de controle espalhados pelo campo e seus arredores. O objetivo é desarticular qualquer possibilidade de resistência por parte da população, a exemplo da tática usada em Gaza, não importando os meios para sufocar a verdadeira revolução que se desenvolve no território palestino.

Terror no hospital

Em meio ao caos, o hospital governamental Khalil Suleiman tornou-se um refúgio precário para cerca de 600 funcionários e pacientes. Com as estradas destruídas pelo exército israelense, o diretor da instituição descreveu a situação como “horrível”. A escassez de água e alimentos é uma realidade, com suprimentos estimados para durar apenas mais alguns dias. Enquanto isso, devido ao bloqueio imposto pelo exército sionista, as ambulâncias encontram dificuldades extremas para resgatar feridos, que muitas vezes são deixados para morrer sangrando nas ruas.

Apesar da brutalidade, a resistência está longe de ser derrotada. O Batalhão de Jenin, parte das Brigadas Al-Quds, explodiu um dispositivo em um veículo militar israelense durante os confrontos, causando baixas entre as forças de ocupação. A ação ocorre em meio à intensificação dos ataques israelenses na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, expondo a tentativa de “Israel” de esmagar qualquer foco de resistência em território palestino.

O exército sionista, entretanto, nega ter emitido ordens de evacuação no campo de refugiados, mesmo com os moradores relatando mensagens enviadas por drones e alto-falantes em jipes. Segundo David Mencer, porta-voz do governo israelense, “não houve ordens de evacuação” e “aqueles que não estão envolvidos com o terrorismo são livres para sair”. A hipocrisia é evidente: enquanto o governo nega oficialmente as evacuações, dezenas de palestinos são sequestrados ao tentar escapar do inferno.

As incursões israelenses transformaram o campo de refugiados em um cenário apocalíptico. Segundo relato da emissora catarense Al Jazeera, que foi banida de “Israel” e da Cisjordânia ocupada pela Autoridade Palestina (AP), o campo de Jenin está “quase inabitável”. A destruição de infraestruturas essenciais, como casas, hospitais e estradas, expressa a política de “Israel” de inviabilizar a vida na região. Ainda assim, o povo palestino permanece firme em sua luta pela sobrevivência e libertação.

A batalha por Jenin é só um capítulo na longa história de luta do povo palestino contra a ocupação sionista. Com a crescente mobilização na Cisjordânia e o fracasso da Autoridade Palestina em conter a resistência, “Israel” recorre a ataques cada vez mais truculentos para tentar manter seu controle. No entanto, a resistência palestina segue inabalável, mostrando ao mundo que a luta pela libertação não será apagada pela brutalidade do invasor.

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