A União Nacional dos Estudantes (UNE) solicitou a anulação do diploma e da formatura de Vinicius Krug de Souza, aluno da UFRGS. O motivo foi que ele compareceu à colação de grau com uma suástica pintada no rosto. Ele estava na sala onde os formandos se preparavam para a cerimônia quando o vice-reitor e o coordenador de segurança intervieram para barrar sua participação no evento. Após a intervenção ele apagou o símbolo do rosto, ainda assim a UNE exige “punição exemplar”.
A entidade afirmou que a apologia ao nazismo é crime no Brasil (o que não é verdade) e cobrou uma investigação rigorosa para evitar que episódios como esse se repitam. Em nota, a UNE afirmou que a universidade é um território antifascista e não aceitará a normalização desse tipo de atitude.
A denúncia formal foi encaminhada à PF nesta quarta-feira (19), e a UFRGS analisará possíveis medidas administrativas contra Vinicius. A instituição ressaltou que permitiu a continuidade da cerimônia em respeito aos demais formandos e seus familiares, mas reafirmou que não tolera manifestações de ódio, intolerância ou ataques aos direitos humanos dentro de seus espaços.
Todo o evento é uma grande histeria tanto da UNE quanto da direção da UFRGS. O problema todo se resolveu como deveria, com uma advertência ao estudante que parece ter aceitado apagar o símbolo sem grandes problemas. Mas agora querem perseguir o indivíduo e inclusive usar a repressão estatal contra ele.
Da reitoria isso poderia ser esperado, pois é uma instituição reacionária, mas a UNE aderir a essa política é absurdo. Está chamando a PF para intervir na luta política dentro da universidade. A PF que atua a serviço do Mossad, ou seja, no nazismo do século XXI, seria uma força antifascista, é completamente absurdo.
Para além disso, a política de repressão contra os alunos, a anulação de diplomas é algo que nunca deveria ser defendido por organizações estudantis, as principais vítimas desse tipo de repressão. A UNE com essa política abre caminho para a própria repressão do movimento estudantil. Ou será que eles acreditam que a reitoria e a polícia irão priorizar a repressão contra a direita invés de atacar os estudantes que lutam em defesa da Universidade Pública?
Criam um situação de histeria por uma besteira, que é um aluno com uma suástica pintada no rosto, enquanto os defensores de “Israel” tem um bloco parlamentar enorme no Congresso. Muitos inclusive devem ser professores na UFRGS. A UNE se torna uma força auxiliar da direita tradicional, não mobiliza os estudantes, apenas defende a repressão do Estado e da reitoria.