A luta pelo direito ao aborto ganhou novo capítulo em Nova Iorque, onde a justiça local rejeitou pela segunda vez a tentativa do estado norte-americano do Texas de impor uma multa de US$113 mil a uma médica acusada de enviar pílulas abortivas a uma mulher no estado sulista. A decisão, tomada na segunda-feira (14), reforça a resistência das mulheres contra as ofensivas reacionárias que buscam reprimir o acesso ao aborto, especialmente após a revogação de Roe v. Wade em 2022, que derrubou o direito de encerrar uma gravidez indesejada.
Comandado por forças conservadoras, o Texas tenta expandir sua repressão para além de suas fronteiras, mas a lei de proteção do estado do nordeste dos EUA, que impede a extradição de médicos e desrespeita ordens judiciais de outros estados, é um obstáculo à tirania antiaborto. A médica Margaret Carpenter, alvo do procurador texano Ken Paxton.
A ofensiva texana é parte de uma cruzada nacional dos setores mais reacionários dos EUA, que, inconformados com o aumento de abortos mesmo após a derrubada da sentença de Roe v. Wade, tentam sufocar a resistência das mulheres. Dados da ONG Society of Family Planning mostram que, em dezembro de 2024, quase 14 mil abortos foram realizados em estados com proibições, graças a leis de proteção como a de Nova Iorque e ao uso de telemedicina. A decisão de Bruck, que declarou que “a rejeição é definitiva e o caso está encerrado”, é uma vitória parcial, mas expressiva, contra a tentativa de reprimir o direito das mulheres ao controle de seus próprios corpos.





