De acordo com balanço recente sobre a situação econômica na Argentina, o emprego assalariado formal e os salários do setor público continuam em queda, de modo que já foram perdidos mais de 180 mil postos de trabalho durante o governo de Javier Milei, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Interdisciplinar de Economia Política (IIEP).
Em relação a maio, último dado disponível, registrou-se uma queda de 4.800 postos de trabalho no setor público e uma redução de 0,3% nos salários. Comparado a maio do ano passado, foram perdidos 20.000 empregos, uma queda de 0,2%.
O relatório chega ao número de 184.000 postos perdidos dentro da administração pública ao comparar com novembro de 2023, último mês antes da posse de Javier Milei.
Após quedas de maio a agosto de 2024 e oscilações até abril de 2025, o emprego assalariado formal total permaneceu estável em maio de 2025 em relação ao mês anterior. Dessa forma, o número total de trabalhadores formais em maio deste ano ficou em um nível semelhante ao de dezembro de 2024”, detalha o relatório, elaborado pela Área de Emprego, Distribuição e Instituições Laborais do IIEP.
O documento também indica que o poder aquisitivo do Salário Mínimo, Vital e Móvel (SMVM) caiu em julho deste ano (-0,5%), dando continuidade a uma tendência de queda em todo o ano de 2025. “Em dezembro de 2023 iniciou-se um longo processo de redução do valor real do SMVM, quando houve uma contração de 15% em meio à aceleração inflacionária, seguida por uma queda ainda maior, de 17%, em janeiro de 2024.”
O relatório do IIEP alerta para a redução dos salários, já que em termos reais se encontram “em um valor inferior ao de setembro de 2001, antes do colapso da conversibilidade”, o que implica uma erosão de 62% em relação ao valor máximo que o SMVM teve em setembro de 2011.





