'Israel'

Mossad orquestrou resgate de criminoso de guerra no Brasil

Em gravíssima violação à soberania nacional, serviço de inteligência israelense atuou para impedir investigações por parte do Judiciário brasileiro

Na última semana, Yuval Vagdani, soldado das Forças de Defesa de “Israel” (FDI), admitiu em entrevista ao canal israelense N12 News que recebeu auxílio do Mossad — a agência de espionagem do regime sionista — para escapar do Brasil após ser denunciado por crimes de guerra cometidos contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

O militar, que viajou ao Brasil no início de 2024 para uma “viagem de descanso pós-guerra”, tornou-se alvo da Justiça brasileira após denúncia apresentada pela Fundação Hind Rajab (HRF), organização internacional sediada em Bruxelas que atua na defesa de vítimas palestinas.

Segundo o próprio Vagdani, foi um agente do Mossad quem o alertou, por telefone, sobre o risco iminente de prisão em solo brasileiro:

“Acordei com duas chamadas perdidas e uma ligação do Ministério das Relações Exteriores. Coloquei no viva-voz e me disseram: ‘Escute, você tem que sair do Brasil o mais rápido possível. Eles vão iniciar um processo judicial contra você’. Eu perguntei: ‘Quem é você?’ E ele respondeu: ‘Sou um agente do Mossad falando com você’”, relatou o militar à emissora israelense.

A confissão pública expõe, de forma escancarada, que o serviço secreto israelense operou diretamente no território brasileiro para garantir a fuga de um criminoso de guerra. Trata-se de uma violação flagrante da soberania nacional, com cumplicidade total da Polícia Federal.

A fuga do soldado não ocorreu sem percalços. Ainda no Brasil, Vagdani foi detido e interrogado por agentes da Polícia Federal no Aeroporto de Salvador. Para escapar, recorreu a um artifício: fingiu não entender inglês.

“Enganei os agentes da PF ao dizer que não falava ou entendia inglês, e fui liberado”, declarou sem qualquer pudor.

Após ser liberado, partiu para a Argentina no último voo disponível. Lá, a embaixada de “Israel” em Buenos Aires o acolheu e providenciou sua transferência imediata para o aeroporto, de onde seguiu aos Estados Unidos e, posteriormente, retornou ao território israelense.

Durante sua permanência na Argentina, ativistas pró-Palestina divulgaram sua identidade e chegaram a oferecer recompensas por informações que levassem à sua captura. No entanto, novamente, “Israel” interviu e facilitou a fuga do criminoso de guerra.

A denúncia da HRF contra Vagdani continha provas robustas. Com base em investigações de fontes abertas — como vídeos, publicações em redes sociais e relatos de moradores de Gaza —, a fundação anexou imagens que mostravam o soldado celebrando ataques israelenses contra civis palestinos. Em uma das publicações, Vagdani afirma:

“Continuem destruindo e esmagando este lugar imundo, sem pausa, até os seus alicerces”.

Mesmo diante da gravidade das acusações e da documentação apresentada, a Justiça brasileira não agiu com a celeridade necessária. O pedido de prisão preventiva por risco de fuga foi ignorado. Quando finalmente poderia ser cumprido, o soldado já havia deixado o país — a mando do Mossad.

Desde a revelação da fuga, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente. A ausência de reação do Itamaraty, da Casa Civil ou da presidência da República escancara a política de subserviência do Brasil frente ao imperialismo e à entidade sionista. A atuação do Mossad em território brasileiro, operando como se estivesse em casa, sem qualquer impedimento, revela o grau de vulnerabilidade do governo, que está em uma campanha farsesca em defesa da “soberania nacional”.

Diante do escândalo, é preciso intensificar a pressão de para que o Brasil rompa imediatamente suas relações diplomáticas com o regime sionista. O Brasil não pode servir de esconderijo para criminosos de guerra, tampouco permitir que sua soberania seja pisoteada por serviços secretos estrangeiros.

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