Redes sociais

Mossad impõe censor ao TikTok

Erica Mindel é ex-funcionária das Forças de Ocupação de "Israel" e também ex-funcionária do Departamento de Estado dos Estados Unido

A plataforma TikTok contratou a ex-instrutora das Forças de Ocupaçã de “Israel”, Erica Mindel, para “desenvolver e conduzir as diretrizes da empresa sobre discurso de ódio”, com foco no combate ao “antissemitismo”, informou a empresa ao Jewish Insider no início desta semana.

O cargo que ela assumirá, com salário-base entre US$178 mil e US$330 mil, foi criado sob pressão da Liga Antidifamação (ADL).

Erica Mindel também é ex-funcionária do Departamento de Estado dos Estados Unidos, onde trabalhou com Deborah Lipstadt, enviada especial para o combate ao antissemitismo durante o governo do ex-presidente Joe Biden.

Ela será responsável por “desenvolver e conduzir as diretrizes da empresa sobre discurso de ódio” e “influenciar legislações e estruturas regulatórias”, além de “analisar tendências de discurso de ódio”, com foco específico no antissemitismo.

Antes de trabalhar no Departamento de Estado, Mindel foi instrutora no Corpo Blindado da Unidade de Porta-Voz das Forças Armadas de Israel. Ela serviu por dois anos no exército israelense.

Segundo Dan Granot, diretor nacional de política sobre antissemitismo da Liga Antidifamação (ADL), o cargo de Mindel foi criado após uma “reunião de alto nível” coordenada pela organização pró-“Israel” em 2024. Ele acrescentou, em declaração ao Jewish Insider, que isso foi uma “recomendação essencial para todas as plataformas de redes sociais” nas reuniões daquela época.

Mindel listou seu novo cargo no TikTok como “Gerente de Políticas Públicas, Discurso de Ódio”.

A ADL é conhecida por rotular como antissemitismo movimentos de defesa dos direitos dos palestinos e organizações críticas à política do governo israelense.

Nos últimos anos, o TikTok se tornou um centro de conteúdo pró-Palestina, bem como de conteúdos simpáticos à resistência. Em 2023, o aplicativo enfrentou forte pressão do imperialismo para censurar esse tipo de conteúdo. No ano seguinte, foi aprovado no Congresso dos Estados Unidos um projeto de lei que determinava que o TikTok deveria ser vendido a uma empresa americana ou seria banido.

O TikTok chegou a ser banido temporariamente nos Estados Unidos após uma lei que forçava sua dona chinesa, ByteDance, a vender o aplicativo. O banimento foi revertido após a posse do presidente Donald Trump.

Em abril de 2025, o prazo para a venda do TikTok foi prorrogado por 75 dias. “A ByteDance tem discutido com o governo dos EUA uma possível solução para o TikTok nos EUA. Nenhum acordo foi firmado. Há questões fundamentais a serem resolvidas. Qualquer acordo estará sujeito à aprovação conforme a legislação chinesa”, disse a empresa na época.

Ela já afirmou em decisões judiciais anteriores que a desincorporação “simplesmente não é possível: nem comercialmente, nem tecnologicamente, nem legalmente”.

Recentemente, usuários do TikTok têm relatado aumento na censura dentro do aplicativo, especialmente de conteúdo pró-Palestina e relacionado ao Hesbolá ou outros grupos de resistência.

No início deste ano, fontes do Congresso afirmaram que a pressão norte-americana pelo banimento do TikTok estava relacionada à “imagem de Israel” e não a temores sobre espionagem chinesa.

O TikTok não é a única empresa que tem cedido à pressão por censura. A principal delas é a Meta, que nos últimos anos tem censurado fortemente conteúdos relacionados à Palestina, como a plataforma The Cradle.

No ano passado, o Google demitiu dezenas de funcionários após protestos em forma de ocupação contra o Projeto Nimbus, que visa fornecer serviços avançados de inteligência artificial e nuvem para o exército israelense.

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