Polícia Federal

Mossad e CIA mais uma vez controlando a PF

As duas organizações criminosas do imperialismo e do sionismo entregaram uma lista de prisioneiros palestinos ao Brasil para que impeça a entrada deles no País

Em recente matéria publicada pelo G1 na última segunda (17), é constatada uma situação alarmante que expõe, uma vez mais, a subserviência do Estado brasileiro aos interesses imperialistas, em especial aos do regime sionista de “Israel” e às agências de inteligência estrangeiras, como o MOSSAD e a CIA. Sob o pretexto de “segurança nacional”, a Polícia Federal (PF) recebeu uma lista de nomes de prisioneiros palestinos libertados em trocas de reféns com o Hamas, grupo de resistência palestina que, segundo a ONU e a Constituição brasileira, não é reconhecido como organização terrorista. Essa lista, no entanto, não passa de mais uma ferramenta de perseguição da luta legítima do povo palestino contra o genocídio promovido pelo inimigo sionista.

É fundamental situar essa questão no contexto histórico e material em que ocorre. Desde 1948, com a Nakba (a catástrofe palestina), o povo palestino vive sob ocupação, deslocamento forçado e sendo exterminado. O Estado de “Israel”, sendo nada mais que um enclave do imperialismo na região, promove um projeto de limpeza étnica que já resultou na morte de milhares de palestinos, na destruição de suas casas e na negação de seus direitos mais básicos. A Faixa de Gaza, onde o Hamas tem forte presença, é um dos territórios mais densamente povoados do mundo e vive sob um bloqueio desumano há mais de 15 anos, com acesso limitado a alimentos, água, medicamentos e energia.

O Hamas, embora demonizado pela imprensa burguesa e pelos governos dos banqueiros, é um movimento de resistência que surge como resposta legítima à ocupação e ao genocídio israelense. A ONU e a Constituição brasileira não reconhecem o Hamas como grupo terrorista, mas sim como uma organização política como tantas outras, já que sua atuação é a luta pela libertação nacional do povo palestino. No entanto, as instituições estatais brasileiras, à revelia do próprio governo e das leis do país, alinhadas aos interesses imperialistas, agem como braço executivo do MOSSAD e da CIA ao criminalizar seus membros e simpatizantes.

A lista enviada por “Israel” à Polícia Federal contém nomes, idades, nacionalidades e condenações de prisioneiros palestinos libertados em trocas de reféns. Entre eles está Maome Mtsalah, um palestino de 48 anos que cumpria prisão perpétua por supostamente participar de atividades de resistência contra a ocupação israelense. A PF, sob a justificativa de “monitorar pessoas perigosas”, está preparada para barrar a entrada desses indivíduos no Brasil, utilizando como base uma portaria de 2019 que permite a expulsão de estrangeiros com ligações a “terrorismo” ou “grupos criminosos”. Lembrando, uma vez mais, que nem o Brasil, nem a ONU, entidade da qual o Brasil faz parte, reconhece o Hamas como grupo terrorista ou criminoso.

Essa portaria, no entanto, é uma ferramenta vaga e autoritária, que pode ser usada para perseguir qualquer pessoa que a burocracia do Estado considere uma ameaça aos seus interesses. Recentemente, vimos isso acontecer com o caso de Lucas Passos, perseguido pela PF sob acusações forjadas de “terrorismo”, em uma clara tentativa de criminalizar a luta popular. Outro exemplo foi o impedimento da entrada no Brasil de um palestino que foi acusado de defender a resistência palestina em suas redes sociais, sendo que sua entrada era para ver seu irmão, que morava no país, e que já havia sido visitado por este mesmo palestino inúmeras vezes e, obviamente, nada tinha acontecido. Esses casos mostram como a PF age como um braço repressivo do imperialismo, criminalizando a resistência e protegendo os interesses dos opressores dentro do solo brasileiro.

O governo brasileiro, ao aceitar essa lista e colaborar com o regime sionista, compactua com o genocídio palestino. A Embaixada de “Israel”, procurada pelo G1 para comentar o caso, sequer respondeu, demonstrando o desprezo com que trata as instituições brasileiras que abaixam a cabeça e erguem o lombo para que os sionistas subam e cavalguem. Enquanto isso, a PF, que deveria zelar em algum nível pelo mínimo de soberania nacional, age como uma extensão do MOSSAD e da CIA, monitorando e perseguindo pessoas que lutam contra a opressão para o gozo de um regime externo de apartheid.

É importante lembrar que o Brasil tem uma longa história de subserviência aos interesses imperialistas. Durante a ditadura militar, a CIA treinou e financiou os órgãos de repressão brasileiros, que torturaram e assassinaram milhares de militantes de esquerda. Hoje, vemos uma continuidade dessa política, com a PF e todo o judiciário nacional atuando como uma força de repressão política a serviço do imperialismo.

A luta do povo palestino é uma luta por libertação nacional, contra o colonialismo e o apartheid. Criminalizar essa luta é compactuar com o genocídio e com a opressão. O Hamas, como parte crucial e liderança do movimento de resistência palestino, tem o direito legítimo de lutar contra a ocupação israelense. A ONU e a Constituição brasileira reconhecem isso, mas o governo brasileiro que deveria ser de esquerda e, consequentemente, posicionar-se ao lado dos interesses dos povos oprimidos de todo o mundo, ao contrário, age como cúmplice do regime sionista, onde sobrará para o próprio presidente Lula, sendo este visto com desprezo por todo e qualquer sionista.

É urgente que os movimentos populares, sindicais e políticos no Brasil denunciem essa subserviência do Estado brasileiro ao imperialismo e se solidarizem com a luta do povo palestino. A resistência é legítima, e qualquer tentativa de criminalizá-la deve ser combatida com firmeza. A PF não pode continuar agindo como braço repressivo do MOSSAD e da CIA. É preciso exigir o fim dessa política de perseguição e criminalização, e defender a soberania nacional. Não é necessário que a PF se inspire na luta revolucionária do Partido Bolchevique, pois demandar isto seria entregar um atestado de alheio à realidade. No momento atual, apenas demandas que a PF siga as leis da Constituição brasileira, um Estado controlado pela burguesia, já basta.

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