Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Coluna

Morte e vida brasileira

Certos seres humano vêm sendo vigiados e punidos o tempo todo. Não está fácil

Se não bastassem tantos percalços educacionais que fazem do aluno um fantoche do sistema ao bel-prazer das elites mundiais, a ausência de um sistema de saúde humanitário e eficaz mata: “Uma pastora morreu após implorar por atendimento no 16º Centro de Saúde Maria Conceição Imbassahy, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, na noite de terça-feira (11). Adnailda Souza Santos, de 42 anos, era asmática e sofria com falta de ar.”

Como reportar uma tragédia como esta?

Enquanto isso, a ebulição continua esfumaçando as cozinhas do poder. Vejamos o que diz a fonte BBC: “A anistia a pessoas envolvidas na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023 foi um dos principais temas das falas da manifestação convocada por Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no Rio de Janeiro, para este domingo (16/3).

No discurso a apoiadores, o ex-presidente disse que há votos suficientes para aprovar o texto do projeto de anistia que atualmente tramita no Congresso Nacional e emendou que, se o presidente Lula vetar, ‘nós derrubaremos o veto’.”

A governança executiva no Brasil passa por uma crise sem par; nossos governantes (ultimamente) estão na mira das investigações judiciais.

Enquanto isso, a população pobre, que engorda a base piramidal sociológica, fica sedenta e faminta de mudanças reais e para já, ou seja, sem morosidade ou falácia. Vejamos o que diz o jornal DCO: “A aprovação da nova regra do Imposto de Renda ainda depende do Congresso, que, durante todo o governo, sempre cobrou uma fatura alta para aprovar o que vinha do Planalto, mesmo que fosse de seu interesse. Caso seja aprovada, será uma das medidas mais positivas do governo até o momento, mas, por si só, não será suficiente para reverter o quadro de desgaste político. Afinal, um governo minimamente popular deveria adotar essa política como algo básico, e não como um grande feito.”

E depois de observar – um determinismo aviltante em um mundo em guerra – e em um Brasil instável, especialmente no quesito equidade social, deixo aos leitores a seguinte declaração: “O astronauta italiano Paolo Nespoli concedeu uma entrevista à BBC a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI), a 400 quilômetros de distância da Terra”. Ele declarou: “Eu penso que nós precisamos estar atentos e ter cuidado com o que fazemos porque a Terra é frágil. É bonita, mas é frágil.”

E eu pergunto: Quem somos nós na fila da respiração? E o mesmo astronauta em entrevista deixou claro que nossa biodiversidade corre risco com a fragilidade de nossa incrível atmosfera. Atmosfera que pode desaparecer, vide, por exemplo, os testes com a bomba atômica, que quase deram cabo deste milagroso sistema gasoso.

Termino este texto com mais uma frase do astronauta Paolo Nespoli: “A fisiologia humana evoluiu para se adaptar ao planeta Terra, e não ao ambiente externo a ele”.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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