Nesta terça-feira (15), Amélia Maria de Matos, mais conhecida como “Mariah”, faleceu após lutar por cinco anos contra o câncer. Mariah, que integrava o Partido da Causa Operária (PCO), foi sepultada no dia seguinte, na cidade de São Paulo.
Em entrevista à Causa Operária TV gravada no ano passado, Mariah se disse parte de “uma ala geriátrica forte e valente, não só eu, mas as pessoas da mesma faixa etária que continuam na luta”. Na mesma ocasião, narrou que:
“Logo após a adolescência, quando comecei a ver que havia uma saída para combater toda a injustiça que os trabalhadores sofrem. De lá para cá, eu já vi de tudo e também já fiz de tudo. Já coloquei fogo em pneu em rodovias, já enfrentamos a polícia na cidade onde moro, que é Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.”
Ex-professora da rede pública, Mariah se aproximou do PCO durante a luta contra o golpe, no momento em que era uma defensora da luta pela liberdade de Lula. Durante o período da pandemia de coronavírus, foi diagnosticada com câncer. Isso, no entanto, não a impediu de permanecer defendendo as posições revolucionárias do PCO e a participar, de acordo com suas capacidades, das atividades e campanhas do Partido.
Nos últimos anos, quando teve uma melhora no quadro de saúde, participou de várias manifestações em defesa da Palestina — muitas vezes, contrariando a opinião dos médicos. Era conhecida por estar sempre de máscara, devido à seu estado fragilizado.
Mariah esteve presente no ato de 8 de março de 2024, quando militantes do PCO foram agredidas pelos identitários que não queriam que a mulher palestina fosse defendida na manifestação. A ativista era bastante crítica do identitarismo e de toda forma de demagogia.





