Autoridades da Moldávia avançaram em uma medida para estatizar infraestrutura ligada à subsidiária local da petroleira russa Lukoil, após a empresa ser atingida por sanções imperialistas. A decisão envolve o terminal de combustível de aviação do aeroporto internacional Chisinau Eugen Doga e determina a reversão da privatização realizada em 2005, com prazo de 20 dias.
A medida foi tomada após um regulador estatal de investimentos rejeitar proposta da Lukoil Moldova para operar o terminal, citando a estrutura corporativa da empresa e sua exposição a sanções como justificativa.
O primeiro-ministro Alexandru Munteanu declarou que o retorno do ativo ao controle do Estado seria necessário para “assegurar” a operação de abastecimento de aeronaves e proteger “segurança nacional” e infraestrutura crítica. O ministro de Infraestrutura, Vladimir Bolea, disse esperar contestação judicial e indicou que o governo pode abrir investigação sobre a privatização, sob alegação de que a empresa não teria cumprido compromissos de investimento.
Por anos, a subsidiária foi importante no setor energético do país e a única fornecedora de querosene de aviação. Em novembro, a empresa assinou acordo especial com a operadora do aeroporto para uso do terminal.
A ofensiva ocorre em meio ao alinhamento de Chisinau à política de sanções exigida pela União Europeia, bloco ao qual a Moldávia pretende aderir. Washington sancionou a Lukoil em outubro e também buscou impedir a venda de ativos externos. União Europeia e Reino Unido seguiram na mesma direção. Moscou denuncia que a Moldávia adota medidas hostis a mando de Bruxelas, e denuncia como confisco iniciativas de uso de ativos russos congelados para financiar a Ucrânia.
