Leste Europeu

Moldávia, a nova Ucrânia?

Portal grego analisa o alinhamento crescente do novo governo moldavo à OTAN

De acordo com denúncia publicada no portal grego NeoStrategy, o atual governo da Moldávia adotou uma postura claramente alinhada à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e passou a tratar a Rússia como a principal ameaça à segurança nacional. Ao mesmo tempo, vem se empenhando em cortar os últimos laços remanescentes com a Rússia e integrar-se plenamente ao bloco ocidental. A Rússia, por sua vez, tem alertado repetidamente — assim como fez no caso da Ucrânia — que a expansão da OTAN rumo ao leste representa uma linha vermelha.

Segundo o portal grego, as eleições parlamentares estão marcadas para o fim de setembro, e o partido governista PAS, de orientação “pró-Ocidente” e liderado pela presidente Maia Sandu, fará de tudo para manter o controle do governo. Caso consiga, espera-se que a Moldávia avance ainda mais em sua militarização e nas tensões com a Rússia — o que, na avaliação do NeoStrategy, poderia culminar em um conflito direto.

Há também a possibilidade de que Sandu tente promover a “reintegração” da Transnístria — uma região separatista com cerca de 220 mil habitantes, a maioria com passaporte russo. Aproximadamente 10 mil soldados russos estão estacionados na área, que faz fronteira com a região de Odessa, na Ucrânia. Isso transforma a Transnístria num ponto de tensão não só entre Moldávia e Rússia, mas também entre a Rússia e a própria Ucrânia.

Qualquer ação militar da Moldávia contra a Transnístria inevitavelmente levaria a um confronto direto com a Rússia. Nesse cenário, NeoStrategy avalia que portos gregos tornar-se-iam centros logísticos importantes da OTAN — tal como já são no apoio à Ucrânia. O portal cita “fontes confiáveis”, segundo a qual a OTAN já elaborou planos de contingência para transformar a Grécia no principal ponto de distribuição de armas para a Moldávia no sudeste e leste da Europa.

NeoStrategy avalia também que, a depender do desenvolvimento da situação política na Moldávia, as relações da Rússia com a Grécia seriam profundamente modificadas.

A abertura de uma nova frente de conflito, somada à guerra em curso na Ucrânia, aumentaria drasticamente o risco de desestabilização em todo o continente europeu. A possibilidade de um conflito na Transnístria pode reativar outros conflitos congelados nos Bálcãs — como na Bósnia e Herzegovina, no Kosovo, na Macedônia do Norte e até mesmo no Chipre.

Desde 2022, a União Europeia vem apoiando a Moldávia por meio do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz. Recentemente, a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, anunciou um pacote de 60 milhões de euros em ajuda militar, incluindo sistemas de defesa aérea de curto alcance, radares, veículos blindados, veículos aéreos não tripulados (VANTs), equipamentos de proteção pessoal e sistemas de comunicação.

O plano de “defesa” da Moldávia, com horizonte até 2034, prevê o fortalecimento da cooperação com a OTAN e o aumento dos gastos militares para 1% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030. Nos últimos dois anos, a Moldávia implementou uma série de políticas militares baseadas na ideia de que a Rússia representa a principal ameaça externa.

Entre 2023 e 2024, a Moldávia dobrou seu orçamento militar e iniciou uma ampla modernização de suas forças armadas. Países da União Europeia já entregaram ao país oito baterias de defesa aérea, veículos blindados alemães, sistemas de artilharia franceses e grandes quantidades de munição. Os exercícios conjuntos com forças da OTAN também se intensificaram.

O portal grego destaca ainda que a expectativa é de que a ajuda militar aumente em mais 50% em 2025.

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