O ministros das Relações Exteriores da França e da Alemanha, Noël Barrot e Annalena Baerbock, visitaram a Síria governada pela Al-Qaeda na sexta-feira (3).
Barrot afirmou: “a esperança por uma Síria soberana, estável e pacífica é uma esperança real, mas é frágil. A França e a Alemanha estão juntas com o povo sírio em toda a sua diversidade e espectros“, e que a França quer “promover um processo de transição pacífica na Síria que sirva aos sírios e à estabilidade regional”.
Já Baerbock afirmou que: “nossa visita a Damasco é um sinal da União Europeia sobre a possibilidade de iniciar um novo relacionamento político com a Síria. Os sírios têm a oportunidade de tomar o destino de seu país em suas próprias mãos novamente, após o fim de um capítulo doloroso do governo de Assad“.
“Sabemos da afiliação ideológica do Haiat Tahrir al-Sham (HTS) e do que ele fez no passado, mas também ouvimos e vemos o desejo de moderação e entendimento com outras partes importantes. Viemos à Síria com uma ‘mão estendida’ e ‘expectativas claras’ da nova administração, e a administração será julgada por suas ações“, acrescentou.
Ou seja, o imperialismo está disposto a ignorar que está dialogando com o governo do Estado Islâmico (o novo governante da Sìria, Al-Jolani, era vice-líder do EI) para garantir sua dominação sobre o país. O HTS que ela cita é como foi renomeada a Al-Qaeda na Síria.
A viagem é a primeira visita de alto nível europeia à Síria em mais de 12 anos, e ocorre quase um mês após o golpe de Estado contra Assad.