Nesta terça-feira (05), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump afirmou, em coletiva de imprensa junto de Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro de “Israel”, que os EUA “tomarão conta da Faixa de Gaza”, para “assegurar que [o Hamas] seja eliminado” declarando que “se for necessário [enviar tropas], faremos isso”. Trump expressou sua intenção de expulsar todos os palestinos de Gaza, declarando que “não acho que as pessoas deveriam voltar para Gaza”, utilizando-se de uma demagogia para disfarçar o objetivo genocida.
Diante das declarações, o setor mais fascista da extrema-direita de “Israel” (ainda mais que Netaniahu), manifestou-se positivamente. Bezalel Smotrich, ministro das Finanças do governo israelense, declarou que “agora vamos agir para finalmente enterrar, com a ajuda de Deus, a perigosa ideia de um Estado palestino”. Smotrich afirmou que “o plano apresentado ontem pelo Presidente Trump é a verdadeira resposta ao 7 de Outubro”, acrescentando que “quem cometeu o massacre mais terrível nas nossas terras acabará por perder as suas terras para sempre.”
O nazissionista também agradeceu a Trump, declarando que “pelo que vimos e ouvimos ontem do Presidente Trump, devemos dizer um grande obrigado e muito mais do que uma palavra amável ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e ao ministro Ron Dermer, que o acompanhou nas relações Israel-EUA durante muitos, muitos anos”. Smotrich, que chefia o partido do Sionismo Religioso, também afirmou que esteve convencido do compromisso do governo Netaniahu para continuar o genocídio:
“Quando decidi permanecer no governo apesar da minha oposição ao acordo, quando decidi manter o governo de direita, expliquei que estava convencido do profundo compromisso deles, do Ministro da Defesa, e do resto dos meus colegas no governo, para completar a vitória e a destruição do Hamas”.
Paralelamente a isto, Itamar Ben-Gvir, ex-ministro da Polícia de “Israel”, e chefe do partido nazissionista Poder Judeu, afirmou, nesta quarta-feira (05), que a probabilidade de o seu partido juntar-se novamente à coligação governo Benjamin Netaniahu aumentou significativamente após as declarações de Trump. Ben-Gvir e o Poder Judeu saíram do governo em decorrência do acordo de cessar-fogo, imposto pelo Hamas a “Israel” e ao imperialismo.
Acrescenta-se que Ben-Gvir apresentou um projeto de lei no Knesset (parlamento israelense) para “encorajar a migração voluntária” de palestinos da Faixa de Gaza, conforme noticiado pelo portal sionista Ynet. Segundo o projeto, “os palestinos que decidirem deixar a Faixa serão obrigados a assinar um compromisso de não regressar em nome deles próprios e dos seus filhos”, conforme noticiado pela Quds News Network.