O Ministério de Saúde de Gaza informou nesta terça-feira (26) que o bombardeio contínuo de “Israel” e a crise alimentar em agravamento estão matando cada vez mais palestinos na Faixa de Gaza, alertando que a fome e a desnutrição estão ceifando vidas em ritmo alarmante.
Segundo o órgão, artilharia israelense atingiu várias áreas de Gaza na noite da terça-feira. Dois palestinos foram mortos e vários outros ficaram feridos em um bombardeio contra uma casa no bairro al-Daraj, na Cidade de Gaza, enquanto uma criança foi morta perto de Kissufim, a leste de Deir al-Balah, no centro da Faixa.
Em Khan Iunis, três pessoas, incluindo uma mulher e uma criança, foram mortas quando um ataque aéreo israelense atingiu uma tenda que abrigava famílias deslocadas na área de Asdaa. Pesados bombardeios e disparos de veículos israelenses também continuaram no norte de Khan Iunis.
A ocupação israelense prossegue com a destruição sistemática de bairros residenciais, particularmente no leste da Cidade de Gaza e no bairro de al-Zaytoun, no sul. Bombardeios também atingiram as cidades de Jabalia e al-Nazla, no norte.
Ataques aéreos israelenses continuaram ao longo da noite, contribuindo para a devastação generalizada de casas e infraestrutura civil.
Na segunda-feira, somente, 87 palestinos foram mortos por fogo e mísseis israelenses, incluindo seis jornalistas, agravando ainda mais a crise humanitária.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde 7 de outubro de 2023 até 27 de agosto de 2025, ao menos 62.895 palestinos foram mortos e 158.927 ficaram feridos.
Desde 18 de março de 2025, quando “Israel” rompeu o acordo de cessar-fogo, 11.050 pessoas foram mortas e 46.886 ficaram feridas.
O Ministério ressaltou que muitas vítimas continuam presas sob os escombros ou em áreas inacessíveis para equipes médicas e de defesa civil devido ao bombardeio contínuo.
O número de mortos no ataque israelense contra o Complexo Médico Nasser, ocorrido dois dias atrás, subiu para 22, após mais duas pessoas morrerem em decorrência dos ferimentos graves.
Imagens mostraram fumaça e estilhaços diante do hospital, enquanto palestinos carregavam corpos ensanguentados e membros decepados para dentro do complexo. Um corpo chegou a ficar pendurado do último andar do prédio atingido. Entre os feridos estava uma mulher de avental e jaleco médico, levada em uma maca com a perna enfaixada e roupas cobertas de sangue.





