Militantes do Partido da Causa Operária (PCO) foram impedidos de realizar uma campanha de propaganda e arrecadação de fundos em frente ao Cinesesc, na Rua Augusta, em São Paulo. O incidente ocorreu durante o festival de cinema árabe, evento promovido em parceria com o Instituto de Cultura Árabe (Icarabe), o que expõe a hipocrisia e o alinhamento do Cinesesc com o regime sionista de “Israel”.
Na noite da última quinta-feira (14), a delegação do PCO levava materiais de campanha, incluindo jornais, revistas e o livro O Hamas conta o seu lado da História, com o objetivo de divulgar a luta do povo palestino. A ação, que buscava arrecadar fundos para a manutenção do partido diante da perseguição política que sofre por defender a resistência armada da Palestina, foi bruscamente interrompida.
Segundo o relato da militante Stefania Robustelli, uma funcionária do Cinesesc abordou o grupo na calçada, pedindo que se retirassem e passassem a distribuir o material em um ponto de ônibus próximo. A justificativa, de que o estabelecimento seria “neutro”, foi prontamente rechaçada por Stefania, que denunciou a atitude como uma demonstração de apoio ao sionismo.
“Ela disse: ‘Ah, não, mas é porque a gente aqui, nós somos neutros, nós não estamos nem de um lado nem do outro’. Aí eu disse: ‘Olha, na verdade…’ e chamei eles de sionista”, conta Stefania. A funcionária, segundo o relato, chegou a alegar que a calçada seria de propriedade do Cinesesc para forçar a saída dos militantes.
A expulsão dos militantes do PCO do local é ainda mais revoltante por acontecer no momento em que o Cinesesc promove o festival de cinema árabe. A atitude mostra que, apesar de exibir filmes da cultura árabe, o estabelecimento não hesita em censurar e perseguir quem defende de fato a causa palestina.
A justificativa de “neutralidade” do Cinesesc não se sustenta, pois a repressão a quem defende o povo palestino, que é o alvo da agressão sionista, é uma ação política de apoio explícito a “Israel”. A situação demonstra que, mesmo em um evento que deveria celebrar a cultura de povos oprimidos, a influência do sionismo em instituições culturais brasileiras é onipresente, agindo de forma covarde para calar os que denunciam os crimes de “Israel”.





