Os Metalúrgicos do ABC marcaram um ato para a próxima sexta-feira (14), às 9h, em São Bernardo do Campo, cobrando a isenção total do Imposto de Renda (IR) sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Com concentração na sede do Sindicato e caminhada pela rua Marechal Deodoro, a mobilização pressiona o Congresso contra a exploração capitalista que confisca o esforço dos trabalhadores.
Wellington Messias Damasceno, diretor do Sindicato, afirmou: “a correção da tabela do IR e a isenção são pautas históricas do Sindicato e da classe trabalhadora; a PLR ganhou força com debates, mas foi abandonada nos últimos governos e hoje não está na agenda do Congresso”. Ele enfatizou: “só a pressão popular vai forçar a votação, assegurando que o valor, conquistado com luta, chegue inteiro aos trabalhadores”. O ato também exige isenção do IR para salários até R$ 5 mil, redução da Selic, corte na jornada sem perda de ganhos e fim da escala 6×1, desafiando a ganância dos patrões.
Damasceno apontou o governo Lula como parceiro: “esse dinheiro no bolso da classe trabalhadora movimenta a economia, gera empregos e impulsiona o desenvolvimento; é uma causa justa que precisa ser explicada à sociedade para garantir isenção no salário e na PLR”. Em 2024, a faixa de isenção da PLR passou de R$ 7.404,11 para R$ 7.640,80, mas a meta é eliminar o tributo, como os dividendos dos acionistas, livres de IR desde 1995 sob FHC. Um Projeto de Lei, aprovado na Comissão de Trabalho, aguarda Finanças e Constituição, com apoio de Lula.
A luta pela PLR no ABC começou nos anos 1980, com acordos isolados – a Mercedes aderiu em 1995. Em 2000, a Lei 10.101 regulamentou o benefício, e em 2012, 20 mil nas ruas arrancaram isenção até R$ 6 mil com Dilma. Hoje, a isenção total é um golpe na injustiça tributária e no jugo imperialista.
