O Ministério do Trabalho divulgou nesta quarta-feira (27) de agosto de 2025 a pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com as expectativas abaixo do esperado pelo mercado de trabalho, segundo a matéria publicada no sítio do Poder360. Consultadas, 8 instituições financeiras indicaram a criação de 142 mil empregos em julho deste ano, de acordo com a média dos institutos pesquisados. Segundo dados apurados, houve uma desaceleração em relação a junho de 2025, com a criação de 162.388 vagas formais.
Na conjuntura total dos dados pesquisados, o Brasil possui 48,5 milhões de pessoas com trabalho formal, compostos pelos setores público e privado. No mês de julho, foco do levantamento, a média salarial foi de R$ 2.277,51, um recuo de R$ 5,64, com queda de 0,25%, em relação ao mês anterior, junho, estando a média em R$ 2.283,15, com correção da inflação no período. Na comparação da série, no mesmo período do ano passado, 2024, houve queda real de R$ 1,07, com recuo de 0,05%.
Na conjuntura apresentada, o Brasil criou 129.775 empregos com carteira assinada em julho de 2025. O número é 32,2% menor do que o registrado no mesmo mês de 2024, quando obteve um saldo positivo de 191.373 empregos preenchendo os postos de trabalho. É um dos piores resultados, apenas com uma queda menor em 2020, quando foram ocupados 108.476 postos de trabalho, impacto da pandemia da covid, com a economia sendo afetada pelo fechamento de estabelecimentos e o isolamento parcial realizado.
No levantamento do Caged, houve desligamento de 2.121.665 empregados de seus postos de trabalho, com os piores resultados em meses, desde 2020, quando houve o fechamento de 108,5 mil vagas de trabalho, impactados pela pandemia e pelas políticas trabalhistas do governo Bolsonaro. Apesar do novo governo Lula, segue em baixa a geração de empregos, mantendo um quadro estável para baixo.
Com exceção do período da pandemia e das políticas adotadas na época, de dezembro de 2020 até dezembro de 2022, houve, respectivamente, o fechamento de 156,3 mil, 291,3 mil e 455 mil vagas de empregos formais, com leve recuperação em dezembro de 2023 com o recuo de 3.3 pontos percentuais, com o fechamento de 451,7 mil vagas formais, já no primeiro ano do terceiro governo Lula. Apesar do Ministro da Economia, Fernando Haddad, ter afirmado, em 12 de setembro de 2024, que haveria um aumento de 3% do PIB, com empregabilidade recorde e com crescimento sustentável, com políticas como investimentos em vários setores, com controle da inflação.
Afirmou naquele momento que a economia brasileira estaria em uma “correção de rota”, contrariando as análises dos economistas do mercado financeiro, com otimismo, declarando que “A economia vai crescer mais de 3% do PIB este ano (de 2024) e a geração de emprego vai ser recorde, mas não podemos nos acomodar. Precisamos perseguir os objetivos para que o país volte a ter finanças robustas”. Relembrando que as projeções para o PIB em 2023 previam crescimento de 0,8%, porém o crescimento foi de 2,9% ao final daquele ano. Em 2024, a previsão era de um crescimento de 1,5%, porém, com o crescimento de 3,4% ao final do ano passado, atingindo os valores totais de R$ 11,7 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), impulsionado principalmente pelos setores de serviços e o consumo geral das famílias, representou o maior crescimento anual desde 2021, com a empregabilidade em baixa devido à pandemia.
Os investimentos foram nos setores de tecnologia de informação e comunicação, automotivo, alimentos, aço, papel e celulose, saúde, entre outros, com valor estimado em R$ 580 bilhões. Apesar desses investimentos, houve o fechamento de 553,5 mil postos de trabalho até julho de 2025. Com estes investimentos, o mercado formal de trabalho, segundo o Caged, teve saldos positivos em todos os setores, predominando serviços, com 50.159 postos ocupados, em seguida o comércio, com 27.325, e a indústria, com 24.426, principalmente na construção civil com 19.066 e agropecuária com 8.795. Todos esses cinco grandes setores que compõem atualmente a economia brasileira registraram 50.159 postos de trabalho preenchidos, o equivalente a 38,6% do total no período levantado pela pesquisa trabalhista.
Em julho, 25 das 27 unidades federativas do Brasil tiveram algum desempenho positivo. Constituindo o acúmulo do período, os saldos foram compostos pelos maiores empregadores do país em São Paulo com 42.798 vagas, Mato Grosso com 9.540 e em seguida pela Bahia, com 9.436 vagas. Já os estados brasileiros que mais apresentaram queda foram o Espírito Santo, com perda de 2.381 postos, e Tocantins, com 61 vagas oficialmente registradas no Caged.




