Nesta terça-feira (21), mercenários das Forças Democráticas Sírias (FDS), coalizão curda utilizada pelos EUA para controlar o nordeste da Síria, região rica em petróleo e terras agricultáveis, tiveram de abandonar suas posições em quatro cidades da região, em decorrência dos ataques o Exército Nacional Sírio (ENS), milícia sob o comando da Turquia. Conforme noticiado nesta segunda-feira, tropas do Haiat Tahrir al-Sham (HTS), que agora governa a Síria, teria participado pela primeira dos combates ao lado do ENS
Segundo noticiado pelo jornal The National, a FDS se retirou de quatro cidades localizadas às margens do Rio Eufrates, nas províncias de Raqqa e Deir Ezzor. O objetivo do recuo, declarado por oficial das FDS ao citado órgão de imprensa, é de fortalecer as linhas defensivas nas principais cidades controladas pelos curdos. O mesmo oficial informou que “a situação no terreno está mudando a cada minuto. Os turcos estão escalando, então a FDS está se concentrando em preservar as áreas curdas e impedir um avanço em Tishreen”.
Com o recuo, forças militares do HTS assumiram o controle das cidades de Maadan, Thiban, Basira e Zir.
A Turquia, país oprimido pelo imperialismo, mas que contribui significativamente para o golpe contra Bashar al-Assad, vem deixando claro seu objetivo de retirar o norte da Síria do controle dos cursos da FDS, declarando ainda intenções de expandir seu território.
O HTS, que, assim como o ENS, é apoiado pela Turquia, recentemente rejeitou proposta das FDS de que os mercenários curdos façam parte das novas forças armadas sírias, como uma fração coesa dentro delas.