Sessenta e seis manifestantes foram presos na cidade de Liverpool, no Reino Unido, sob a suspeita de apoiarem o grupo Palestine Action, que foi designado como uma organização terrorista pelas autoridades britânicas, informou a polícia local na segunda-feira (29).
O grupo foi banido sob a Lei de Terrorismo em junho, após seus membros invadirem uma base militar e pintarem dois aviões de vermelho em protesto contra a guerra de “Israel” em Gaza. Desde então, seus apoiadores têm realizado várias manifestações contra a proibição.
Cerca de 100 pessoas se reuniram no centro da cidade em frente à conferência do Partido Trabalhista no domingo, segundo a organização Defend Our Juries, citada pela Sky News. Os manifestantes teriam segurado cartazes silenciosamente com os dizeres: “Eu me oponho ao genocídio, eu apoio o Palestine Action”.
A Polícia de Merseyside disse que indivíduos com idades entre 21 e 83 anos foram presos sob suspeita de crimes de “terrorismo” por supostamente apoiarem o grupo designado. Dois foram liberados posteriormente, enquanto os outros foram levados sob custódia e, desde então, foram soltos sob fiança.
A co-fundadora do Palestine Action, Huda Ammori, teve uma tentativa de suspensão da proibição rejeitada pelo Tribunal Superior – uma decisão que o advogado da ativista descreveu como “um abuso mal ponderado, discriminatório e autoritário do poder estatutário”.
O protesto mais recente ocorreu em meio a uma onda de manifestações anti-Israel na Europa e em outros lugares. Somente em setembro, cerca de 50.000 pessoas marcharam por Berlim em protesto contra o genocídio, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram em toda a Itália em solidariedade a Gaza, enquanto ativistas em Paris e outras cidades francesas saíram às ruas carregando bandeiras palestinas e pedindo que a França imponha sanções contra Israel.





