Nesta quinta-feira (10), ainda nos Estados Unidos, mas pouco antes de retornar para “Israel”, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, declarou novamente que só irá parar com sua guerra genocida contra a Palestina se o Hamas entregar as armas e Gaza for “desmilitarizada”, isto é, se os palestinos ficaram completamente a mercê dos nazissionistas:
“No início deste cessar-fogo [de 60 dias], iniciaremos negociações para um cessar-fogo permanente. Para que isso seja alcançado, nossas condições mínimas devem ser atendidas: o Hamas deponha suas armas, Gaza seja desmilitarizada, o Hamas não tenha mais nenhuma capacidade governamental ou militar”, afirmou Netaniahu.
Na mesma oportunidade, expressou sua intenção maligna de retomar a guerra genocida após eventual trégua de 60 dias – assim como fez ao acabar unilateralmente com o último cessar-fogo:
“Se [nossas reivindicações] puderem ser alcançadas por meio de negociações, ótimo. Se não for alcançado por meio de negociações em 60 dias, o faremos de outras maneiras — usando a força, a força do nosso exército heroico.“
Pronunciando-se sobre as declarações do genocida, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) denunciou que essa nova recusa demonstra as “intenções malignas” do primeiro-ministro israelenses, que fica “colocando obstáculos no caminho para se chegar a um acordo”. O Hamas informou que, apesar disto, “continua seu engajamento positivo e responsável nas negociações, para chegar a um acordo que leve à cessação da agressão, à retirada do exército de ocupação e ao fluxo desimpedido de ajuda”. Leia a nota do partido que lidera a Resistência Palestina:
“Em nome de Alá, o Clemente, o Misericordioso
As declarações do criminoso de guerra Netaniahu, nas quais ele informou às famílias dos prisioneiros que não é possível chegar a um acordo abrangente, confirmam as intenções maliciosas e malignas do criminoso de guerra Netaniahu, colocando obstáculos no caminho para se chegar a um acordo que levaria à libertação de prisioneiros e à cessação da agressão contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza.
O movimento já havia se oferecido para chegar a um acordo de troca abrangente, durante o qual todos os prisioneiros seriam libertados de uma só vez, em troca de um acordo que alcançaria a cessação permanente da agressão, a retirada completa do exército de ocupação e o livre fluxo de ajuda. No entanto, Netaniahu rejeitou essa oferta na época e continua a prevaricar e colocar mais obstáculos.
O movimento Hamas continua seu engajamento positivo e responsável nas negociações, para chegar a um acordo que leve à cessação da agressão, à retirada do exército de ocupação e ao fluxo desimpedido de ajuda, para que nosso povo possa se reconstruir e viver com dignidade, em troca de uma libertação mútua de prisioneiros.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Quinta-feira: 15 Muharram 1447 AH
Correspondente a: 10 de julho de 2025 DC”
Uma nova proposta de cessar-fogo vem sendo discutida no decorrer da última semana, no Catar, um dos países mediadores das tratativas. O Hamas, que já demonstrou boa-fé e flexibilidade ao propor, em ocasião anterior, a libertação de todos os prisioneiros israelenses de uma só vez, em troca do fim da guerra e do bloqueio genocida, mantém-se como liderança revolucionária ao novamente rejeitar a tentativa sionista de desamar o partido, algo que vem rejeitando reiteradamente.
No Líbano, as intenções malignas de Netaniahu, denunciadas pelo Hamas, vêm se materializando diariamente desde o final de novembro de 2024. Naquele mês, foi firmado cessar-fogo entre “Israel” e o Hesbolá. Desde então, com apoio de ofensiva do imperialismo, do governo do Líbano, Autoridade Palestina, Arábia Saudita e outras forças reacionárias na região, contra o Hesbolá, a entidade sionista vem violando diariamente o cessar-fogo.
Uma das mais recentes foi o bombardeio realizado por VANT (drone) contra veículo que transitava pela estrada entre Namiriyeh e al-Sharqiya, no sul do Líbano. No ataque, foi disparado mais de um míssil, e um cidadão libanês foi morto e outros cinco ficaram feridos. Outro veículo foi atacado por VANT israelense no mesmo dia, na vila de Yater, também sul do país.
Ainda, conforme noticiado por correspondente local da emissora Al Mayadeen, uma força de infantaria israelense invadiu a fronteira sul e detonou uma única sala construída 800 metros dentro do território libanês.
Paralelamente a estas situações, foi noticiado recentemente que “Israel” está pressionando o governo dos Estados Unidos para recomeçar a guerra contra o Iêmen.
Conforme noticiado pelo portal de notícias The Cradle, reproduzindo informações da imprensa israelense, o motivo principal da pressão é o bloqueio marítimo que as Forças Armadas do Iêmen estão realizando contra embarcações sionistas no Mar Vermelho. Na última semana, as ações revolucionárias do Iêmen se intensificaram, com as forças iemenitas afundando dois navios que se direcionam a “Israel” e que se recusaram a observar o bloqueio.
Nesse sentido, a posição de “Israel”, segundo fonte citada pela Corporação de Radiodifusão de “Israel” (KAN), é que as ações do Iêmen “não podem mais continuar sendo um problema exclusivamente israelense“, e que a entidade sionista está pedindo ao governo Trump “ataques combinados mais intensos contra alvos do regime Houthi — não apenas ataques de caças da força aérea [israelense], mas também uma renovação dos ataques americanos e a formação de uma coalizão incluindo países adicionais”.
Recentemente, após as forças iemenitas afundarem o Magic Sea, o primeiro dos navios naufragados, a força aérea das forças israelenses de ocupação lançaram ataques contra o Iêmen, anunciando uma nova operação militar criminosa contra o país. Apesar disto, as Forças Armadas do Iêmen, sob o comando do partido revolucionário Ansar Alá, continuaram suas operações, afundando o segundo navio, bem como lançando mísseis balísticos contra o território “israelense”.
Destaca-se que, desde dezembro de 2023, está em vigor a “Operação Guardião da Prosperidade”, coalizão liderada pelos EUA e pelo Reino Unido e formada por outros 12 países (imperialistas ou lacaios do imperialismo). Através dessa operação, o imperialismo tentou acabar com o bloqueio imposto pelas forças revolucionárias do Iêmen, mas vem fracassando completamente.





