Política de cancelamento

Mais uma condenada por falar

Quando a justiça brasileira condena uma pessoa por expressar a sua opinião, isso não tem nada haver com a defesa da população, é um engodo

A 10ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, aprofundando a política de cancelamento e contra a liberdade de expressão, ou seja, uma política reacionária instrumento do imperialismo através da cultura woke e do identitarismo, manteve a condenação de uma mulher que, segundo eles, teria incitado a discriminação contra os nordestinos.

A pessoa criminalizada, uma professora da Universidade do estado do Mato Grosso, foi condenada a dois anos de prisão e dez dias, mais multa.

A pena de reclusão foi decretada por conta de uma postagem no ano de 2014, durante as eleições presidenciais. Ela dizia que, com a vitória de Dilma Rousseff, “trabalhar mais 4 anos pra sustentar o nordeste e seu bolsa família” e “vamos dividir essa porra de País, quero ver sem o nosso dinheiro como essa merda de PT sustenta essa região”. O Tribunal de Justiça condenou a professora por incitação a discriminação ou preconceito.

Apesar de ser uma atitude tosca de uma coxinha que teve como objetivo chamar a atenção para as suas colocações reacionárias, a determinação da justiça brasileira, mais uma vez, com a condenação, vai no sentido da implementação de uma política ainda mais reacionária de criminalizar o que as pessoas pensam ou falam, alegando a suposta defesa dos setores oprimidos da sociedade e, aqui no caso, a defesa dos nordestinos.

Quando a justiça brasileira condena uma pessoa por expressar a sua opinião, isso não tem nada a ver com a defesa da população, é um engodo. Tal medida vai no sentido de aumentar, ainda mais, o regime de opressão por um Estado que, não tenhamos dúvida, é controlado pela burguesia, ultra reacionária, imperialista. Trata-se de uma política reacionária, embora se apresente como progressista, alegando a defesa dos setores oprimidos.

É por essas e outras que essa mesma justiça, que condena uma professora coxinha, condenou o jornalista e militante do PT, Breno Altman, alvo dessa mesma perseguição à liberdade de expressão promovida pelo imperialismo. O Tribunal de Justiça de São Paulo mandou retirar do ar uma das suas publicações com críticas aos sionistas de “Israel” e sobre o genocídio em Gaza. Ele também está ameaçado de prisão, com base na lei antirracismo, por supostamente antissemita, mesmo sendo um judeu declarado.

No mesmo sentido, o ditador do STF, Alexandre de Moraes, bloqueou por mais de um ano as redes sociais do Partido da Causa Operária (PCO) e ordenando incluí-lo no inquérito das “fake news”, determinando que a Polícia Federal intimasse o presidente do PCO a depor sobre postagens nas redes sociais.

Poderíamos escrever laudas e laudas das arbitrariedades cometidas pela direita reacionária através da política do cancelamento. Essa política é o caminho para a censura de toda a população. Conforme ditado popular: “pau que dá em Chico, dá em Francisco”. E, pior, o chicote nas costas dos trabalhadores e da população em geral será muito maior do que as voltadas para a direita.

Desse modo, a suposta defesa dos setores oprimidos serve como justificativa para o pisoteamento dos direitos da população, acentuadamente a liberdade de expressão.

Sempre é bom lembrar que a ideologia identitária é financiada, impulsionada e divulgada pelos países imperialistas, diretamente controlada pelos órgãos de inteligência, principalmente do sionismo israelense e da CIA norte-americana. Atuam pelos chamados “think tanks”, que nada mais são do que fachadas dessas organizações que atuam por diversos nomes: Open Society, Fundação Ford, Global Americans, etc. e financiam abertamente personalidades e instituições que adotam essa política.

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