Nessa quinta-feira (8), o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu anunciou a aprovação de um plano para a ocupação total da cidade de Gaza. A decisão é significativa, pois, embora “Israel” já interviesse em várias áreas, a ocupação e o estabelecimento de um governo temporário da cidade de Gaza não haviam sido formalmente decididos antes. A situação no norte de Gaza já é extremamente grave, e a nova decisão só aumenta a tensão.
Apesar do caráter criminoso da medida, Netaniahu está aplicando a mesma política desde o início do conflito: sempre que se fala em acordo de paz, ele intensifica as ações militares para tentar desfazer a pressão. Recentemente, houve uma reunião em Nova Iorque, promovida pela França e Arábia Saudita, que propôs um plano para a criação de um “Estado Palestino” e o desarmamento do Hamas e da Resistência Palestina. Contudo, essa proposta é uma farsa. Quem leu o documento sabe que se trata de uma política para desarmar a resistência, o que considero uma atitude canalha e criminosa.
A Alemanha, ao proibir a exportação de armas para “Israel” que poderiam ser usadas em Gaza, demonstra seguir a política do imperialismo, que agora percebe que a situação chegou a um ponto insustentável. “Israel” corre um grande perigo, mas Netaniahu, pressionado pela extrema direita, não cede, pois acredita que qualquer concessão seria o fim de sua carreira política. A ocupação da Cidade de Gaza City é, em grande medida, um blefe, uma forma de mostrar que não vão recuar.





