Oriente Médio

Mais jornalistas morreram em Gaza que nas Guerras Mundiais

Nazismo sionista intensifica ataque contra jornalistas e a liberdade de imprensa

A ofensiva genocida de “Israel” contra o povo palestino na Faixa de Gaza, intensificada em outubro de 2023 após os heroicos atos do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), não apenas extermina milhares de vidas inocentes, mas também se revela como um ataque deliberado à liberdade de imprensa e ao direito à informação, sendo este último um dos maiores medos do imperialismo. Um relatório publicado pelo jornalista investigativo norte-americano Nick Turse, vinculado à prestigiada Brown University, escancara o massacre sistemático de jornalistas na região, que já supera o número de mortes em grandes conflitos históricos, como as duas Guerras Mundiais. Em suma, Netaniahu e seu regime de apartheid matou mais jornalistas que Adolf Hitler.

Segundo o estudo intitulado News Graveyards: How Dangers to War Reporters Endanger the World, até 26 de março de 2025, 232 jornalistas foram assassinados em Gaza. Este número impressionante reflete uma média de 13 mortes por mês desde o início da ofensiva israelense. Apenas no primeiro mês da nova ofensiva do genocídio, 37 jornalistas perderam suas vidas, configurando o período mais sangrento já registrado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) desde o início da coleta de dados em 1992.

O relatório destaca que a maioria das vítimas são jornalistas locais palestinos. Enquanto os correspondentes do imperialismo diminuem em número e influência devido às restrições impostas por “Israel” e ao desinteresse da imprensa burguesa internacional, os jornalistas do mundo árabe assumem a perigosa tarefa de expor os crimes brutais do Estado sionista. Com recursos limitados e sem qualquer proteção, eles enfrentam diretamente os bombardeios e ataques deliberados das forças israelenses. De acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), há provas de que pelo menos 35 jornalistas foram diretamente alvejados pelas forças israelenses por causa do seu trabalho. Essa prática criminosa busca impedir que os horrores do genocídio sejam transmitidos ao mundo.

O estudo também denuncia o papel ativo do imperialismo norte-americano no financiamento da máquina genocida israelense. Desde outubro de 2023, os Estados Unidos destinaram cerca de US$18 bilhões para apoiar militarmente “Israel” em suas agressões contra Gaza e outras regiões. Esse financiamento não apenas permite a continuidade dos ataques genocidas, mas também reforça a censura imposta aos jornalistas que tentam expor os crimes israelenses.

A brutalidade israelense contra jornalistas ficou ainda mais evidente com o assassinato do jornalista palestino Mohammed al-Bardaweel e sua família durante um ataque aéreo em Khan Younis. Al-Bardaweel trabalhava para a rádio local Al-Aqsa e foi alvo direto das forças israelenses. Em nota, a rádio denunciou: “O exército criminoso de ocupação israelense tenta desesperadamente silenciar a narrativa palestina e obscurecer a verdade.” A morte de al-Bardaweel eleva para 209 o número total de jornalistas palestinos assassinados desde o início da guerra em outubro de 2023. A resposta das autoridades locais foi imediata: a Assessoria de Imprensa do Governo em Gaza exigiu que organizações internacionais condenassem os ataques contra jornalistas e buscassem justiça nos tribunais internacionais, enquanto a resistência segue de armas nas mãos na busca pela libertação final.

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