O cessar-fogo anunciado entre o Moimento de Resistência Islâmica (Hamas) e o Estado de “Israel”, mediado por países árabes e pelos Estados Unidos, abre um novo capítulo na luta do povo palestino — e também uma nova ofensiva ideológica do imperialismo contra a Resistência. Ainda que o acordo tenha sido uma vitória do Hamas, que forçou a entidade sionista a negociar, a burguesia internacional agora tenta avançar para o seu verdadeiro objetivo: desarmar a resistência palestina e liquidar, de uma vez por todas, a causa palestina.
Não há libertação da Palestina sem luta armada. A resistência é a espinha dorsal da causa palestina. Sem as forças do Hamas, da Jiade Islâmica e dos demais grupos que empunham as armas contra o invasor, a Palestina já teria sido completamente anexada pelo regime sionista. É graças a esses combatentes que o imperialismo foi derrotado em Gaza e que o mito da invencibilidade de “Israel” foi destruído diante do mundo.
Agora, com o cessar-fogo, o sionismo tenta dar sequência à sua guerra por outros meios. Sob a promessa de uma paz duradoura, exige o desarmamento do Hamas e o fim da resistência. Os mesmos que bombardearam hospitais, assassinaram crianças e reduziram Gaza a escombros querem posar de pacificadores. O Hamas, por sua vez, foi categórico: só deporá as armas quando acabar a ocupação e cessar a colonização sionista da Palestina.
Essa posição, legítima e coerente, é o que está em jogo agora. O imperialismo e seus porta-vozes lançaram uma campanha cada vez mais agressiva para isolar a resistência, caluniando-a e tentando dividi-la. Buscam cooptar setores da esquerda pequeno-burguesa, que repetem a propaganda dos opressores e acusam o Hamas de ser uma força hostil. Querem transformar a resistência em um “problema” — quando, na verdade, ela é a única barreira concreta contra o genocídio e a limpeza étnica promovidos por “Israel”.
Diante dessa nova etapa da ofensiva imperialista, é hora de redobrar a solidariedade internacional. Defender a resistência palestina é defender o direito do povo palestino de existir e de lutar por sua libertação total. A pressão para desarmar o Hamas é, na prática, uma tentativa de desarmar todo o povo palestino e de abrir caminho para novas ocupações e consolidar o domínio sionista sobre o território.
Diante disso, é preciso prestar toda solidariedade ao Hamas e à resistência palestina e nenhuma confiança nas “negociações de paz” impostas pelos inimigos da Palestina. A libertação virá pela luta armada. Hoje, mais do que nunca, é hora de defender o Hamas.




