Um levantamento com jovens de 10 a 18 anos apontou que 21% deles já pensaram em tirar a própria vida. O dado está em estudo que acompanha a tendência descrita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a qual o suicídio é hoje a terceira principal causa de morte na faixa de 10 a 19 anos.
Globalmente, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. A OMS estima que quase 77% dessas mortes ocorram em países de baixa e média renda, onde o acesso a serviços de saúde é mais limitado e a população enfrenta maior instabilidade econômica.
No Brasil, o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde registrou 112.230 mortes por suicídio entre 2010 e 2019, um aumento de 43% no período. O número anual passou de 9.454 casos em 2010 para 13.523 em 2019. Desde 1996, quando as estatísticas passaram a ser digitalizadas, o total de casos cresce com oscilações, sem retorno aos patamares anteriores.
Profissionais da área de saúde chamam atenção para sinais que podem indicar risco, como isolamento social, mudanças bruscas de comportamento, alterações no sono e no apetite e falas recorrentes sobre morte e desesperança. A recomendação é de que familiares e escolas busquem imediatamente atendimento quando esses sinais aparecem.
Os dados são expressão do fato de que a juventude é o setor mais oprimido da população. Mostram, também, como o Brasil foi devastado pelo golpe e pela ofensiva imperialista contra o País no geral, já que tendências suicidas estão associadas à situação material da sociedade.





