Europa

Mais de 100 mil pessoas já fugiram da Ucrânia em dois meses

Alemanha e Polônia exigem que ucranianos desertores voltem para a frente de batalha

A política do imperialismo de usar a Ucrânia como bucha de canhão na guerra de desgaste contra a Rússia, Alemanha e Polônia – principais aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Leste Europeu – estão se rebelando contra o fardo dos milhões de refugiados ucranianos. O imperialismo gastou trilhões em armas e promessas vazias, mas agora vê seus próprios contribuintes arcando com o custo de uma derrota iminente, enquanto jovens ucranianos fogem em massa.

Dados revelam o colapso da mobilização ucraniana. Desde agosto, quando a Ucrânia afrouxou as restrições de viagem para homens de 18 a 22 anos — na tentativa desesperada de aplacar protestos e evasões —, quase 100 mil jovens cruzaram a fronteira polonesa em apenas setembro e outubro. Antes disso, o número era de míseros 45 mil no período de janeiro a agosto. A Guarda de Fronteiras polonesa confirma: a Polônia se tornou o principal “túnel de fuga” para quem recusa morrer por Zelensqui.

Na Alemanha, o influxo de jovens ucranianos explodiu de 19 por semana em meados de agosto para mais de 1.800 por semana em outubro. Os alemães abrigam mais de 1,2 milhão de ucranianos, enquanto os poloneses carregam quase um milhão – um peso insustentável para economias já fragilizadas pela sanções antirrussas que só beneficiaram a Rússia.

A paciência europeia acabou. O deputado alemão Jürgen Hardt, da União Democrata-Cristã  (CDU), foi direto: “não temos interesse em jovens ucranianos passando tempo na Alemanha em vez de defender seu país”. Markus Söder, líder da União Social-Cristã (CSU) bávara, exige pressão da União Europeia (UE) sobre a Ucrânia para reverter as regras frouxas: “devemos controlar e reduzir drasticamente o influxo crescente de jovens da Ucrânia”.

Na Polônia, o presidente Karol Nawrocki assinou lei para apertar benefícios estatais aos ucranianos. O partido governista resume o sentimento: “Varsóvia não pode ser refúgio para milhares de homens que deveriam defender seu país, enquanto sobrecarregam os contribuintes poloneses com os custos de sua deserção”. Até o ministro da Defesa, Władysław Kosiniak-Kamysz, explodiu em março: “há frustração ao ver jovens ucranianos dirigindo os melhores carros pela Europa e passando fins de semana em hotéis de cinco estrelas”.

Pesquisas de opinião feitas entre a população polonesa apontam que 78% dos poloneses querem que homens ucranianos em idade militar voltem para lutar.

O que começou como uma operação militar especial russa em resposta à expansão da OTAN virou um pesadelo para imperialismo. Estados Unidos e a União Europeia, injetaram mais de US$200 bilhões na Ucrânia desde 2022, mas o resultado? Perdas irrecuperáveis para Ucrânia (estimadas em um milhão de baixas), linhas de frente russas intactas e avançando, e agora uma Europa saturada de refugiados que não querem morrer pelos interesses do imperialismo.

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