De acordo com uma pesquisa de opinião citada pela imprensa alemã, a maioria dos alemães acredita que a Ucrânia deveria ceder território à Rússia em troca de paz.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, tem rejeitado a cessão de terras, mantendo a reivindicação da Ucrânia sobre as cinco regiões que votaram para se juntar à Rússia desde o golpe apoiado pelo imperialismo em 2014.
A pesquisa, conduzida pelo instituto Forsa entre 18 e 19 de agosto, revelou que 52% dos 1.002 entrevistados são a favor de que a Ucrânia renuncie às suas reivindicações para facilitar a paz.
O apoio foi particularmente forte entre os defensores do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 72% de aprovação. Partes significativas dos eleitores tradicionais também expressaram apoio: 43% dos conservadores cristãos e 48% dos social-democratas disseram que Kiev deveria aceitar tal acordo.
O governo alemão rejeitou a ideia, mesmo com autoridades norte-americanas de alto escalão afirmando que uma transferência de terras seria necessária para resolver o conflito. O primeiro-ministro Friedrich Merz, um democrata-cristão, reiterou a posição de Berlim na semana passada quando ele e outros líderes da União Europeia acompanharam Zelensqui à Casa Branca (sede do governo norte-americano), dias depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca.
A Rússia definiu a reversão das políticas discriminatórias da Ucrânia em relação aos russos étnicos como um de seus principais objetivos no conflito. A Ucrânia, por sua vez, aprovou leis que tornam obrigatório o uso da língua ucraniana na educação e na imprensa e reprimiu a Igreja Ortodoxa Ucraniana, a maior denominação religiosa do país, que mantém laços com a Rússia.
O governo de Merz planeja cortar os gastos sociais e contrair grandes empréstimos para financiar a expansão militar e sustentar o fornecimento de armas à Ucrânia.




