Uma pesquisa divulgada neste domingo revela que 70% dos trabalhadores dos Estados Unidos se opõem veementemente a qualquer ação militar contra a Venezuela. Realizada pelo instituto CBS News/YouGov, a enquete expõe a impopularidade da política do imperialismo.
A pesquisa chega no momento em que o governo norte-americano, sob o comando de Donald Trump, intensifica suas ameaças contra o governo de Nicolás Maduro. O governo Trump busca justificar uma escalada de sanções criminosas e provocações armadas, alegando supostas ligações com o narcotráfico – acusações sem provas que servem apenas para encobrir o roubo de recursos venezuelanos. No entanto, o povo dos EUA, vítima da mesma máquina de guerra que devora trilhões em gastos militares enquanto a inflação galopante esmaga os salários, não se mostra propenso a apoiar a aventura militar.
Apenas 30% dos entrevistados apoiam uma agressão direta. Mais impressionante ainda: três em cada quatro estadunidenses, incluindo mais da metade dos próprios republicanos, exigem que o governo Trump submeta qualquer plano belicista à aprovação do Congresso, rechaçando decisões unilaterais do governo. Entre os democratas, 97% pedem por transparência; entre os independentes, 86%; e também os republicanos, 64% reconhecem a necessidade de esclarecimentos. Até no seio do Partido Republicano, fissuras profundas se abrem: enquanto 66% dos partidários do trumpismo defendem a intervenção, apenas 47% dos republicanos não alinhados a essa ala apoiam a ingerência, com 53% se posicionando abertamente contra.
A pesquisa também desmascara a farsa das “ameaças” fabricadas pelos EUA. Para 48% dos norte-americanos, a Venezuela representa no máximo uma “ameaça menor”; 39% nem a consideram uma ameaça; e só 13% caem na propaganda da CIA. Sobre o pretexto do narcotráfico, 56% dos entrevistados acreditam que uma invasão militar não resolveria o fluxo de drogas para os EUA, mas apenas agravaria o caos, beneficiando os verdadeiros cartéis que operam a partir de solo norte-americano. E quanto aos ataques recentes a pequenas embarcações, supostamente ligadas ao tráfico, 53% aprovam superficialmente, mas 75% exigem provas concretas e outros 47% já reprovam de plano.



