A megaempresária Luiza Trajano, dona da rede varejista Magazine Luiza e frequentemente exaltada por setores da esquerda pequeno-burguesa, especialmente pelos grupos identitários, demonstra mais uma vez a lógica exploratória dos grandes capitalistas, que priorizam o lucro à custa da superexploração dos trabalhadores.
Apesar de sua imagem pública cuidadosamente construída, Luiza Trajano, que chegou a se declarar “socialista”, acumula uma série de controvérsias que escancaram seu alinhamento com práticas típicas do grande capital. Além de ter assinado uma petição contra o apoio do presidente Lula à ação da África do Sul contra “Israel” na Corte Internacional de Justiça (CIJ), a empresária já enfrentou denúncias de que marcas vendidas em sua rede utilizavam trabalho análogo à escravidão. Suas campanhas de “antirracismo”, ao invés de um compromisso real, serviram para promover a marca e elevar o valor das ações de sua empresa.
Agora, Luiza Trajano enfrenta uma nova acusação, dessa vez envolvendo a superexploração da categoria bancária. Recentemente, o Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo recebeu uma denúncia de irregularidades na parceria entre a Magazine Luiza e o Banco Itaú/Unibanco por meio da LuizaCred, instituição financeira criada pelas duas empresas.
Segundo o site Bancários MS (20/1/2025), a denúncia aponta que a LuizaCred oferece produtos financeiros como empréstimos consignados, cartões de crédito e títulos de capitalização, mas registra seus funcionários como vendedores da Magazine Luiza, enquadrando-os na categoria de comerciários. Essa prática evita custos trabalhistas associados às categorias de bancários e financiários, que possuem salários e benefícios significativamente maiores.
Essa manobra expõe a verdadeira face de Luiza Trajano, que utiliza artifícios jurídicos e administrativos para rebaixar os direitos dos trabalhadores que atuam em sua empresa. Funcionários que realizam atividades típicas da categoria bancária são enquadrados como comerciários, perdendo acesso às vantagens salariais e aos direitos sociais assegurados pela Convenção Coletiva dos Bancários.
Com isso, fica evidente que Luiza Trajano age como qualquer outro grande capitalista e banqueiro, utilizando estratégias para maximizar lucros à custa da precarização das condições de trabalho. Como representante legítima da burguesia, ela é uma inimiga declarada da classe trabalhadora, comprometida única e exclusivamente com os interesses capitalistas. Por isso, é fundamental que sua postura seja amplamente denunciada e combatida pela classe trabalhadora organizada.